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Ontem à noite abri espaço para a capa da Veja com supostas denúncias de Léo Pinheiro da OAS, contra o Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. A revista divulgara a capa, mas não o conteúdo da denúncia.
Lendo hoje de manhã, constato que não passou de uma vingança torpe da Lava Jato contra Toffoli, provavelmente devido ao fato de ele ter autorizado a libertação do ex-Ministro Paulo Bernardo.
A facilidade com que se assassinam reputações até de Ministros do STF mostra o grau de apodrecimento das instituições brasileiras.
Antes do impeachment, conversei com um MInistro do STF intimidado com os ataques feitos à sua esposa. Procurei acalmá-lo mostrando que nenhuma pessoa com discernimento acreditaria nos factoides divulgados. E ele:
- E as pessoas sem discernimento?
Minhas desculpas aqui ao Toffoli - por quem não nutro nenhuma admiração -, por ter acreditado que a mudança de direção de redação pudesse melhorar o jornalismo de Veja. E, ao STF, o óbvio: "Cria cuervos que te sacarán los ojos".
Luis Nassif, Jornal GGN
Lendo hoje de manhã, constato que não passou de uma vingança torpe da Lava Jato contra Toffoli, provavelmente devido ao fato de ele ter autorizado a libertação do ex-Ministro Paulo Bernardo.
Fac-símile da capa da revista Veja desta semana Imagem: Reprodução, Jornal GGN |
A rigor, o que diz a matéria:
- Que certo dia Toffoli pediu dicas para Léo Pinheiro sobre a impermebialização da sua casa. E Léo Pinheiro indicou uma empresa para fazer os serviços.
- Não há nenhuma prova de que a OAS pagou a empresa. Toffoli diz que ele pagou. Léo PInheiro não diz que a OAS pagou.
- A revista apresenta como evidência apenas um fato: se Léo Pinheiro mencionou o episódio nos preparativos para a delação, certamente é porque possui mais dados a serem apresentados quando a delação for formalizada. E nada mais disse.
Mas poderia tranquilamente ter ocorrido o seguinte:
- Irritados com Toffoli, os operadores da Lava Jato exigem de Pinheiro qualquer coisa que envolva o nome do Ministro.
- Com a qualquer coisa oferecida, procura-se alguma publicação especializada em assassinatos de reputação e publica-se.
- Mais tarde, se não houver mais nenhuma evidência, fica-se por isso mesmo.
Antes do impeachment, conversei com um MInistro do STF intimidado com os ataques feitos à sua esposa. Procurei acalmá-lo mostrando que nenhuma pessoa com discernimento acreditaria nos factoides divulgados. E ele:
- E as pessoas sem discernimento?
Minhas desculpas aqui ao Toffoli - por quem não nutro nenhuma admiração -, por ter acreditado que a mudança de direção de redação pudesse melhorar o jornalismo de Veja. E, ao STF, o óbvio: "Cria cuervos que te sacarán los ojos".
Luis Nassif, Jornal GGN
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