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Case e se aposente mais cedo. É a ideia do relator da reforma da previdência
O cidadão posto por Rodrigo Maia para relatar a Reforma da Previdência, deputado Arthur Maia – o “Tuca” da lista da Odebrecht – soltou a seguinte pérola, hoje, em entrevista ao Huffington Post:Essa questão das mulheres, é um debate que não tem como a gente fugir. Agora, uma coisa que tem de ser ponderada é o que falei do risco. Se você é uma mulher casada, tem filho, cumpre jornada no seu trabalho e chega em casa tem que cuidar de filho, marido etc, é um fato a ser considerado. A mulher que é solteira, que não se casou, não tem filho, por que ela vai ter uma diferença em relação ao homem?
O “seu” Arthur é doido, só pode.
A própria reportagem do Huffington Post desmonta, com dados do Ipea, a teoria de que a mulher sem filhos se dedica tanto quanto os homens aos afazeres domésticos, mas se levarmos a sério o cálculo do deputado, deveríamos ter um handicap para as mulheres que têm mais filhos, porque dois dão mais trabalho que um, três dão mais trabalho que dois e assim por diante…
O “seu” Arthur, querendo fazer assim a Previdência, vai arranjar o maior mercado de fraudes previdenciárias do planeta.
Um solteiro ou um divorciado pode, por exemplo, forjar uma união estável com uma mulher solteira e sem filhos para, diante da Previdência, abater uns aninhos para aposentadoria, por generosidade ou combinando de receber uma parcela dos proventos.
Ou a senhora interessada em se aposentar mais cedo pode adotar o jovem filho de outra, que os tenha “sobrando”, para abater uns anos para aposentar-se.
Fora os riscos de gravidezes tardias para o mesmo fim.
Querendo, leia a matéria, não dá para perder muito tempo com imbecis.
Muito menos com cínicos, que dizem que não há nada de errado em ser relator da reforma da Previdência e ter recebido dinheiro de uma instituição de previdência privada, porque, neste caso quem contribui para o INSS também poderia ser visto como lobista da previdência pública, o que só uma ameba mental poderia dizer.
Estam0s bem parados nesse assunto, com um relator assim e o presidente da comissão sendo um cunhista de quatro costados.
Fernando Brito, Tijolaço
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