Publicidade
Reino Unido: Justiça determina que motoristas são empregados do Uber
A Justiça do Reino Unido determinou nesta sexta-feira (28/10) que os motoristas do Uber são funcionários da empresa e não profissionais autônomos, segundo o jornal britânico The Guardian.Com a decisão, o Uber precisará rever o modelo de negócio na região, onde trabalham cerca de 40 mil motoristas. Se ela se confirmar, a empresa terá de arcar com custos relacionados ao pagamentos por tempo de serviço, salário mínimo e descanso remunerado, entre outros.
![]() |
Liberal, mas sem a selva, ainda existem regras nas majestosas terras. Foto: StartSE |
Os juízes que cuidaram do caso, entretanto, foram contundentes e não aceitaram os argumentos da companhia, que está presente em 66 países e atualmente é avaliada em US$ 66 bilhões.
"A noção de que o Uber em Londres é um mosaico formado por 30 mil pequenos negócios ligados por uma 'plataforma' em comum é, para nós, ridícula", afirmaram. "Motoristas não negociam e não podem negociar com os passageiros... Ele oferecem e aceitam viagens estritamente dentro dos termos do Uber."
A causa foi aberta por dois motoristas de veículos da empresa norte-americana, acusando-a de não respeitar o código trabalhista.
Segundo o sindicato GMB, que apoiou a ação judicial, este julgamento num tribunal londrino representa uma enorme vitória que poderá ter consequências importantes para mais de 30.000 motoristas na Inglaterra e no País de Gales.
Dentre os direitos reivindicados estavam as férias, o pagamento de demissões e salário mínimo garantidos pelas leis do trabalho britânicas.
Direto da Aldeia Global publicou há 5 anos:
- PCdoB realiza conferência em Imperatriz-MA
- Encontro de Blogueiros - Tempo real
- Madeira chama líder comunitária de "Filha da Puta"
- Líderes esperam recuperação de Lula
- Kluge enxerga um Marx esquecido
"Os motoristas da Uber fazem com frequência horários muito longos só para fazer face às suas necessidades mais básicas. Foi esse trabalho que permitiu à Uber tornar-se uma empresa global que vale milhares de milhões de dólares", acrescentou.
A Uber anunciou que vai recorrer desta decisão judicial que, segundo o secretário-geral da intersindical TUC, Francis O'Grady, "permitiu expor o lado obscuro" da plataforma de transportes norte-americana.
Há ações judiciais semelhantes em curso noutros países. Na França, a segurança social pressiona a Uber para que a empresa reclassifique os seus motoristas, neste momento considerados independentes, como trabalhadores terceirizados, argumentando que existe "uma relação de subordinação" entre eles e a plataforma.
Nos Estados Unidos, a Uber aceitou pagar até US$ 100 milhões para se livrar de duas ações coletivas, na Califórnia e em Massachusetts, que ameaçavam alterar o estatuto dos seus motoristas.
Portal Vermelho
Comente aqui