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"Onda conservadora não é duradoura"

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O governador do Maranhão, Flávio Dino, publicou nesta segunda, 31, no Facebook seu olhar sobre o resultado do segundo turno no País. Em São Luís, neste domingo, 30, seu candidato, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior conseguiu a reeleição.

De Nael Reis, a foto da capa do Facebook do governador é a sugestiva mansidão da Cachoeira do Poço Azul, em Riachão, no sul do Maranhão.

Cachoeira do Poço Azul, em Riachão, no sul do Maranhão
Análise de resultados nas maiores cidades do Brasil mostra o colapso do sistema partidário que dominou a "Nova República". Mais uma vez o partido vitorioso foi o da "antipolítica", representada por candidatos esquisitos e pelo absenteísmo bastante expressivo.

A guinada do eleitorado mais para a direita derivou da profunda crise econômica, que dizimou empregos e a perspectiva de progresso social. Não teremos no Brasil, contudo, uma "onda conservadora" duradoura. Por várias razões. Uma delas que isso fortaleceria a desigualdade, já absurda.

O discurso do "fim do PT" é mais torcida ou ódio do que realidade. Partido teve importante derrota. Mas continua a ser muito expressivo.

Emerge das urnas uma esquerda mais plural e multifacetada. Isso é positivo pois impele ao diálogo, e não a exclusivismos. Esquerda deve fazer rápido duas revisões: uma programática e outra orgânica. Desenvolvimento e direitos devem ser os eixos de novo Programa.

A esquerda deve olhar menos para trás e mais para frente. Novo programa sustentado por uma frente ampla. Penso ser esse o caminho. Frente ampla em que volte a atrair a atenção do "eleitor médio", que rapidamente vai se desiludir com certas coisas esquisitas.
(Flávio Dino, Facebook)

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