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Com o golpe, US$ 2 bilhões escapam da Bovespa

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Janaína Pascoal pede “pelo amor de Deus” moderação aos “pit-bulls” do AI-5

Chegamos ao impensável. Está feia a coisa.

Até mesmo a furiosa Janaína Pascoal percebe a loucura que pode se abrir com o pedido do PSDB, DEM e, agora, do pressionado PMDB, para cassar os direitos políticos de uma presidente já apeada do cargo. Diz ela a O Globo:

“Eu peço, pelo amor de Deus, que os Partidos que ainda não impugnaram, não interponham nenhum tipo de medida. Eu peço, pelo amor de Deus, que quem já impugnou o julgamento do Senado, desista das medidas interpostas”.

Ela sabe que se forçarem o Supremo a intervir em algo, estará aberta a porteira para que o proprio processo espúrio do impeachment entre na berlinda.

Quando Janaína Pascoal recomenda moderação, imagine-se o que está se passando entre os radicais.

A ânsia de cassar dos direitos políticos de Dilma Rousseff é reveladora do ódio ensandecido dessa gente, mas também de outras coisas.

Em primeiro lugar mostra que o governo, na falta de uma pauta propositiva para enfrentar a agoniante crise brasileira, continua, mesmo depois de entronizado no Planalto, precisa apelar para uma agenda política vingativo-punitiva como forma de preencher o espaço das suas não-ações.

Segundo, que é um governo tão estúpido – ou tão confiante na submissão do Supremo – que não tem pudor em arriscar o que pode ser um novo imbróglio judicial naquilo que já poderia estar superado.

Agora, é evidente o apoio a uma escalada repressiva contra as manifestações de protesto.

Direto da Aldeia Global NET publicou:
Em 1964 havia um plano para a classe média... E agora?

Lamentavelmente, com o apoio da mídia e com a infiltração descarada de blackblocks que reapareceram como zumbis vindos lá das trevas.

Claro que é armado.

Eles querem apostar na conflagração com desculpa para a incapacidade de solucionar a crise.

A enxurrada de capital estrangeiro que entraria com o impeachment é uma balela: em agosto, saíram mais de US$ 2 bilhões de capital estrangeiro da Bovespa.

Sabem que não tem recuperação econômica a curto ou médio prazo e precisam manter o clima de animosidade.

Fernando Brito, Tijolaço
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