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Réveillon de Todos encerra em noite apoteótica de samba

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‘Tico tico no fubá’, ‘Se tu não quer tem quem queira’ e ‘Brasileirinha’. Foram esses grandes sucessos que iniciaram a última noite do ‘Réveillon de Todos’, no último domingo, uma iniciativa do Governo do Maranhão e Prefeitura de São Luís. Foram seis noites de festa, com as mais variadas atrações, onde os espaços e áreas destinadas a estas celebrações atraíram um grande público. De fato, foi um réveillon de todos, com a cara da nossa gente, que curtiu uma temporada de shows agradáveis.

A noite do último dia foi dedicada ao samba. Um momento onde os sambistas e pagodeiros convidaram o público a cair no samba na palma da mão e na pontinha do pé e quem não tinha intimidade com o ritmo dos bambas foi de dedinho.

Foram mais de seis horas de show com participação de Fernanda Garcia, Nivaldo Santos, Patativa, Sami do Cavaco, Adão Camilo, Serrinha, César Teixeira, Joãozinho Ribeiro e os grupos Turma de Vandico, Argumento, Feijoada Completa, Vamudi Samba, Amigos do Samba, Batuka Negro, Soul Samba e As Brasileirinhas.
A diversidade de atrações atraiu o grande público em todas as noites de festa. Foto: Karlos Geromy/Secom
Reveillon em São Luís
Diversidade atraiu o grande público em todas as noites de festa. Foto: Karlos Geromy, Secom
Artistas que abrilhantaram o evento e cantaram grandes sucessos, como a imortal Patativa. “É emocionante tocar para esse público. Sempre me emociono quando subo no palco. E digo que foi uma homenagem justa feita aos grandes Antonio Vieira, Lopes Bogea e Pai Euclides ao utilizarem seus nomes dentro da festa, seja no palco ou nos circuitos”, disse cantora.

“Tem que ser anual!”, decretou o apaixonado por samba Manoel Santos, durante a apresentação do grupo Vamudi Samba. Ele que participou das seis noites do ‘Réveillon de Todos’, da Praça Nauro Machado, passando pelo Espigão da Ponta D’Areia e os outros quatro dias na Avenida Litorânea, onde pôde curtir todas as vertentes da musicalidade do Maranhão. “Bem que essa iniciativa poderia ter mais edições, ou estes artistas poderiam ter estes espaços para se apresentar, dentro da programação cultural da cidade”, sugeriu Santos.

Na noite dedicada ao samba, o repertório do show fez um passeio por todos os gêneros do samba e seus diferentes sotaques, mostrando o samba-breque, samba-canção, samba das antigas, samba-enredo, samba de raiz, pagode, com participação de nomes de várias gerações, que se revezaram no palco, numa grande festa, jamais vista em ambiente aberto em São Luís.

“Antes, a litorânea era palco de festas nababescas, em que para se participar tínhamos que comprar abadá e, quando muitos de nós insistiam em querer fazer parte da festa, tinha que ser como cordeiro e agora somos convidados de honra”, comentou o comerciário Fernando Martins, que ainda complementou: “Vou sair daqui só depois de ouvir todos os grupos e sambistas. Assim, vou deixando a vida me levar!”.

“Foi maravilhoso e depois do reggae de ontem, hoje cai no samba”, disse alegre dona Concita Alves, moradora do bairro Cohatrac, que junto à sua família e alguns vizinhos curtia os shows, desde o finalzinho da tarde e também falou que só saia depois da última apresentação.

Os artistas elogiaram a iniciativa, focando o fortalecimento do samba, da cultura. “Fico muito feliz em ver o fortalecimento da nossa cultura. O momento foi um marco para a cultura maranhense, pois os artistas da terra tiveram prioridade. Esse momento significa mudança”, realçou a cantora Fernanda Garcia.

Joãozinho Ribeiro destacou o momento de “um dia que estamos encharcados de maranhensidade”.

E a noite se estendeu até às 1h da manhã, com várias atrações, encantando os presentes que querem bis ano que vem. “Iniciativas como essas devem e têm que ser repetidas. É lindo olhar o que temos de mais precioso em destaque, a nossa cultura”, emocionou-se a educadora Maria Lina.

Economia em movimento

O ‘Réveillon de Todos’ gerou, durante seis dias, renda e oportunidades para os maranhenses. A comerciante Maria Mendes foi uma das que comemorou a lucratividade durante o evento. “Seria muito bom se o projeto se tornasse fixo”, comemorou o aumento da venda em sua barraquinha de lanche.

A artesã Ivanis Melo, que trabalha com estampas de camisas, agradecia os elogios pela turista Ana Maria Oliveira, de Belo Horizonte. “São lindas as camisas trabalhadas com riqueza de detalhes. Vou levar algumas para presentear amigos e parentes”, disse a turista ao olhar estampas diversas, desde o bumba meu boi a imagens da capital maranhense.

A artesã também comemorou o lucro: “Tive um aumento nas vendas de 30% nesse período de festas. Me sinto feliz, uma vez que meu público é, em sua maioria, turistas e os shows e ritmos chamou a atenção deles”.

+GovernoMA 
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