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Temer envia nova carta para Dilma...

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Um Conto de Réis


João Estrada Branco

Essa Aldeia é fogo. Interceptou a nova carta de Michel Temer para a presidenta Dilma. Foi entregue hoje por um tucano-correio! Num galope Do Bandeirantes para o Planalto com escala no Jaburu.
Essa Dilma Rousseff, de fato, é uma onça! Charge: Bessinha

São Paulo, 18 de Dezembro de 2.015.

Senhora Presidente,

"Verba volant, scripta manent" (As palavras voam, os escritos permanecem)

Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio.

Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo.

Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos.

Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais são as funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional.

Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.

Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança. E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.

Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido. Isso tudo não gerou confiança em mim. Gera desconfiança e menosprezo do governo.

Nota do João Estrada Branco: Perceberam...É a mesma carta do dia 07, quando o gênio tava fora da garrafa! O vice-presidente só precisou gastar um novo selo e alterar a data! Só que não... agora ele pediu por mensagem de Telegram para "descortar" que está de mal com a Dilma!

Nota do editor da Aldeia: Jaldes Meneses, cientista político e editor do Blog Campo de Ensaio publicou em seu Facebook:
No curto prazo de uma semana, Michel Temer, o mordomo de filme de vampiro, passou de alternativa de poder à condição de um morto-vivo desdentado da política nacional. Não assusta sequer uma criança. Pensava estrelar, à maneira de um Chistopher Lee, uma produção clássica de terror da Hammer, e acabou por se transformar num coadjuvante de chanchada.
A unidade do PMDB contra Dilma, que os articuladores do governo temiam dois dias passados, não acontece mais. Os efeitos combinados da decisão do STF sobre o rito de tramitação do processo de impeachment, mais o retorno de Leonardo Picciani à liderança do PMDB, a investigação das “pedaladas do Temer” no Senado, bem como a articulação de Renan, Pezão e Sérgio Cabral para apear o mordomo de vampiro da presidência do partido, se não sepultou definitivamente o complô do vice-presidente e de Eduardo Cunha, tornou a proposta praticamente inviável de levantar do chão.
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