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Frederico Luiz
O PT nasceu sobre o signo do exclusivismo. A legenda se declarava pura e sequer se aliava aos demais partidos legalizados ainda na ditadura militar. Nas eleições de 1982 o País saia do bipartidarismo da governista Aliança Renovadora Nacional (Arena) e do oposicionista MDB (Movimento Democrático Brasileiro).
A oposição se dividiu em PMDB, PDT, PT e PTB. Os governistas ficaram todos no PDS. Ainda cogitou-se sob a liderança de Tancredo Neves um outro partido, o PP, chegou a ser formado mas depois fundiu-se com o PMDB após a instituição da sublegenda para a eleição majoritária.
O PT se dizia puro e abrigava nas suas fileiras os que fundaram em seguida o PSTU, PCO e PSOL. Nada de alianças com os 'caretas' das outras agremiações. Gostava mesmo era de girar a metralhadora atacando tudo que encontrava pela frente, dos comunistas aos reacionários do PDS eram todos alvo na sua mira.
O tempo passou e o petismo começou a fazer alianças, primeiro a esquerda como a Frente Brasil Popular de 1989 que quase elegeu Lula para a presidência da República.
PT tirou do armário
Agora, os petistas deixaram de lado o pudor. Estão aliados com todos a direita, a esquerda e ao centro. Mas, a velha metralhadora giratória que estava aposentada, voltou diante do fenômeno Marina. Uns dizem que a candidata do PSB é estreita, sectária e outros Dilmistas afirmam que ela é a direita do tucano Aécio Neves pois defende a autonomia do Banco Central.Essa tática de retornar à velha metralhadora não é um tiro no pé mas um balaço no próprio coração. Um suicídio político. Ao contrário do PSB, com o lançamento hoje de sua versão da "Carta ao Povo Brasileiro", Marina mostra claramente o que pretende conceder para ampliar direitos.
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