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Camila RochaSão Luís, MA. O médico nigeriano preso sob a acusação de ser falso médico na última semana, Kinglsley Ify Umeilechukwu, foi recebido na tarde desta segunda (02) pelos deputados Bira do Pindaré (PSB) e Eliziane Gama (PPS), membros da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, onde relatou que se sente vítima de racismo e que deseja uma reparação.
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Editora da Aldeia, Camila Rocha entrevistou hoje à tarde o médico Kinglsley Ify Umeilechukwu Clique na imagem e veja mais fotos da audiência pública na Assembleia Legislativa do Maranhão |
Patrick Emanuel, médico formado pela Universidade Federal do Maranhão (Ufma) em 1989, responsável pelo nigeriano que está sob a acusação, pontuou que eles irão à justiça buscar uma reparação do estado. “Um quer ser deputado federal, o outro já é estadual e eles querem mostrar algo inédito no Maranhão, que na verdade não existe. O que temos aí é um problema político e outro racial”, alegou.
O deputado Bira do Pindaré esclareceu que a comissão vai colher oficialmente o depoimento do médico e vai representar perante todas as instituições que tem competência para investigar e punir os responsáveis.
“Ele alega que se sente vítima de racismo porque não havia nenhum motivo para que ele fosse preso e acusado da forma que foi sem nenhum tipo de embasamento. Ele comprovou que não é um falso médico e está exercendo legalmente a atividade como estagiário no Brasil. Kinglsley foi muito convincente de que de fato trata-se de um erro grave, podendo se configurar como crime de racismo”, afirmou Bira.
A deputada Eliziane Gama que também acompanhou o depoimento de Kinglsley acrescentou que a comissão não irá admitir crime de racismo. “Eu vou solicitar toda a documentação para respaldar a representação, como cópia de inquérito policial e mandado de prisão. Estamos vendo aqui que houve um erro do estado pela própria documentação que ele apresentou, ele veio a convite da UFMA, está em processo de revalidação e não estava sozinho no hospital. Todo o depoimento dele aponta para o crime de racismo, e nós não vamos admitir isso por quem quer que seja, muito menos por um agente público do estado”, concluiu a deputada.
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