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Marina e Eduardo Campos preparam a festa para Eliana Calmon

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Tribuna da Bahia

Salvador, BA. A ex-ministra Marina Silva e o governador Eduardo Campos estão organizando um grande ato político em Salvador para anunciar a filiação da ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no PSB. No evento, marcado para o próximo dia 19, a magistrada será anunciada como candidata ao Senado pela Bahia na chapa da senadora Lídice da Mata, que disputará o governo. Calmon ganhou notoriedade quando, no período em que era corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), declarou haver ‘bandidos de toga’.

A ideia é que o ato em Salvador seja uma demonstração de unidade da conturbada aliança entre a Rede, partido “clandestino” de Marina, e o PSB, de Campos. As definições sobre as candidaturas e alianças nos Estados onde não há acordo entre os dois grupos ficarão para depois do carnaval. Esse é o caso de São Paulo, onde o governador Geraldo Alckmin (PSDB) quer antecipar o apoio do PSB a sua reeleição para semana que vem, mas Campos resiste. O governador pernambucano não quer melindrar a Rede, que prefere uma candidatura própria em São Paulo.

Ontem, inclusive, a ex-senadora Marina Silva disse em São Paulo que a presidente Dilma Rousseff “maneja a duras penas” a estabilidade econômica do país. Marina participou, ao lado do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, do lançamento do projeto de programa de governo da chapa Rede-PSB. “O Lula foi capaz de manter a estabilidade econômica que tinham sido feitas no governo Fernando Henrique, inclusive as privatizações. E obviamente que não voltou atrás em relação a muitas coisas. Isso já foi um grande passo. A Dilma mantém as conquistas sociais do presidente Lula e a duras penas está aí manejando a questão da estabilidade econômica.”

Marina, que foi ministra do Meio Ambiente de Lula, também cobrou o atual governo pelo aumento de 28% no desmatamento após dez anos de queda. “Para mim é muito triste. É uma tragédia anunciada. Nós dizíamos que a mudança no Código Florestal, da forma como foi feita, o sinal que foi dado, iria fazer o que agora nós vemos que está acontecendo”.

O documento apresentado por Rede e PSB que vai servir de base para um programa de governo cita nove “desafios”: reforma do estado, reforma urbana, planejamento estratégico e políticas públicas integradas, política intersetorial e promoção do desenvolvimento tecnológico, educação para o conhecimento e cultura como estratégia de desenvolvimento, redução das desigualdades sociais e regionais, valorização da biodiversidade e dos recursos naturais, política de saúde e segurança pública.

O texto menciona ainda a necessidade de manutenção de uma estabilidade econômica “fincada num compromisso de toda a sociedade com a responsabilidade fiscal, com uma política monetária vigilante e com a manutenção do regime de câmbio flutuante”.
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