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Depois do 'marido', agora é a vez do 'amigo' de aluguel

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Diário Catarinense e Fazedores de Chuva

A página Rent a Local Friend (alugue um amigo local) oferece um serviço diferente. O portal criado há quatro anos pela jornalista Alice Kuntz Moura, de 30 anos, moradora do Rio de Janeiro, oferece "amigos de aluguel" para mostrar o que a cidade tem de melhor (e desconhecido) para turistas.

Amigos de Aluguel

Há um ano, Florianópolis é uma das 10 cidades brasileiras que contam com o serviço. Na capital catarinense há três amigos disponíveis para "aluguel", com perfis variados para atender a todo tipo de visitante. A fundadora do portal conta que o público que procura os cerca de 870 amigos de aluguel espalhados pelo mundo é bem variado. Eles atendem famílias, viajantes sozinhos e pessoas de diversas idades, todos com um objetivo em comum: fazer uma viagem independente, fora dos circuitos turísticos tradicionais.

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A ideia começou quando a jornalista morava em Lisboa (Portugal) e viajava em função das pessoas, não importando os destinos, mas sim as "referências humanas", além de sempre receber muitos amigos na cidade. Atualmente, a jornalista se dedica somente ao site que já atendeu a mais de 3 mil turistas. O foco agora é ampliar a rede de amigos, principalmente nas cidades que receberão os jogos da Copa do Mundo.

Florianópolis muito alémda Ponte Hercílio Luz

A jornalista Juliana Bassetti se cadastrou como amigo local no site há três meses e recebeu um casal do Canadá, outro da Itália e um rapaz de Israel. Para ela, os brasileiros ainda não têm esse hábito, porém acredita que se soubessem o tempo e dinheiro que poupariam contratando um amigo "apostariam na proposta".

Juliana nasceu em Florianópolis e tinha o hábito de receber gente de fora, aproveitando a experiência que adquiriu em inúmeras viagens pelo exterior.

— Resolvi me inscrever no site para ampliar a possibilidade de receber e conhecer mais pessoas de diferentes partes do Brasil e do mundo e ainda ganhar uma graninha. Mas não é uma profissão. É quase um hobby — brinca Juliana, que também divide o seu tempo com o trabalho na Assembleia Legislativa, onde é servidora pública.

Ela lembra que os "amigos" não são guias turísticos e nem têm credenciamento para isso.

— Diferentemente de um guia, eu posso apresentar meus amigos pessoais para o visitante e podemos, até mesmo, ir a uma festa particular para o viajante se enturmar e conhecer a cultura local mais de perto. Florianópolis é muito mais do que a nossa velha ponte pênsil e as ditas 42 praias — conclui.

Thaís Leandra Safiot Barboza veio de Rondonópolis, no Mato Grosso, para assistir a uma mesa-redonda de Linguística Forense na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e aproveitou os dois dias livres em sua segunda visita à capital catarinense para experimentar o serviço de "aluguel de amigo" oferecido por Juliana.

— Sempre viajo com agência e guias de turismo, mas a programação é muito quadrada. Optei, então, por um serviço mais personalizado para garantir rapidez e qualidade na visita — conta.

Preços
  • Por quatro horas de trabalho (até dois visitantes): R$ 180
  • Visitante extra: R$ 40
  • Por oito horas de trabalho (dois visitantes): R$ 280
  • Visitante extra: R$ 60
Valores não incluem ingressos, bebida ou comida
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