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Sobre o ocorrido com a Mirante e a jornalista Thamirys D’Eça

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John Cutrim

Vendo o depoimento da jornalista Thamirys D’Eça, de O Estado do Maranhão, no blog do Gilberto Léda (confira aqui) compreendo como condenável a atitude deflagrada por parte de um grupelho que agrediu verbalmente a jornalista e depredou a equipe do Sistema Mirante de Comunicação, durante a manifestação que ocorreu nesta quarta-feira na praça dos poderes municipal e estadual, em São Luís.

Pelo relato de Thamiys no Léda, foram atitudes arbitrárias e vergonhosas promovidas por delinquentes. Como o blog já falou, o ato tresloucado de um pequeno grupo de vândalos não conseguiu tirar o brilho do movimento, que foi legítimo e democrático.

Thamirys D’Eça, vítima de facistas
No caso em questão, num exercício de lógica não faz sentido impedir que a imprensa e seus profissionais realizem o seu trabalho. Os repórteres da Mirante assim como dos demais veículos de comunicação estavam somente cumprido o seu dever. Para que qualquer protesto ou reação do tipo atingir o seu foco, analisem bem, a mídia é parte fundamental. Primeiro por que se não houvesse a devida cobertura, ninguém saberia, nem mesmos os governantes, alvo principal das insurgências. Muito menos haveria também tamanha mobilização.

É válido discordar ou até mesmo protestar com o jornalismo que é praticado pelo Sistema Mirante – por ser o símbolo representativo de um grupo oligárquico, usado como instrumento dos interesses da família Sarney – por outro lado confundir isso com os profissionais que lá trabalham é de uma incoerência sem tamanho.

É não saber diferenciar a realidade dos fatos. Separar as coisas. Quem se comporta assim age sem nenhum bom senso.

O titular do blog (John Cutrim e o editor da Aleia) conhecem uma parte dos profissionais da Mirante, mantém uma boa relação com os mesmos. São pessoas sérias, dedicadas e que exercem a profissão com dignidade.

Muitos estão à margem das disputas políticas do Estado, interessados apenas em exercer a carreira que escolheram.

Há alguns até mesmo que discordam do modelo político de governo dos patrões.

Não procuram, portanto, misturar o lado profissional com querelas políticas. Algo digamos no mínimo ético.

Nesse sentido, é com essa reflexão que fica nossa a solidariedade a jornalista Thamirys D’Eça pelo incidente. Vale ressaltar que isso não implica em mudar nenhum milímetro sobre o que este espaço pensa da família Sarney, contudo jamais poderíamos ser conivente com tal situação. É isso caros leitores!

Notas do editor da Aldeia:
a) Os partidos são repelidos pelos líderes do Movimento. Uma pena que deixem de fazer o mesmo com os facistas. Eles estão livres, leves e soltos para agredir e incendiar o País.

b) A UNE dirigiu a juventude cara-pintada e nenhum incidente deste tipo foi registrado. Os líderes deste movimento precisam refletir sobre competência para liderar jovens.

c) Liberdade de expressão, somente para os facistas?
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