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Nice Rejane, EntreatosImperatriz, MA - Em tempo o testemunhar da expressão clara de uma insatisfação histórica evidenciada nas últimas manifestações que o Brasil tem testemunhado: amedronta e é incompreendida e repudiada pelas elites brasileiras, que acostumaram-se à passividade dos pobres, dos trabalhadores, dos injustiçados e dos que viram seus direitos, inclusive à vida, negligenciados e negados cotidianamente em prol de uma de concepção de mundo, que legitimou-se pela prevalência do capital, da propriedade privada, da manutenção das riqueza coletiva de posse dessas elites.
É para se pensar acerca dos aparatos ideológicos que até há pouco, aparentemente, funcionaram tão bem na conformação e coesão social, é para se pensar se a tomada de atitude não está a demonstrar uma ruptura com um modelo hegemônico de organização sócio – político que legitimou a desigualdade, é para se pensar se o autoritarismo e conservadorismo evidente na constituição do Estado Brasileiro, não começa a ser devidamente questionado, e que se essa construção não denota o resultado do experienciar do maior período democrático já vivenciado neste país.
É para se fazer coro e corpo nessa luta, não só a juventude que tem toda a propriedade e liberdade para tal, mas o façam também todos os lutadores pela igualdade em todas as suas dimensões, os que lutam pelos direitos da mulher, dos homoafetivos, dos trabalhadores do campo e da cidade, dos pobres , dos estudantes, enfim os que lutam por um outro modelo de sociedade em que o lucro e individualismo não sejam o parâmetro de felicidade. É bonito ver as multidões nas ruas, sobretudo porque retroalimentam nossa esperança de que não fomos vencidos pela apatia e indiferença aos problemas sociais. Tornar o movimento ainda mais politizado e incisivo no apontamento desses problemas e na pressão para que o Estado desenvolva ações que abarquem as bandeiras históricas de luta pela diminuição das desigualdades e ampliação dos direitos, é imprescindível.
Nesse sentido, se faz necessário a ampliação dos debates e mobilização em nosso local de trabalho, de casa, de estudo, de lazer, de militância, para que não percamos de vista o potencial revolucionário dessa conjuntura histórica.
Vamos à luta e às ruas!
Nota do Entreatos: Nice Rejane é produtora (e agitadora) cultural e ainda professora de História na Uema.
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