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Veteranos não mostram futebol, jovens não têm experiência. Esse é o dilema da seleção brasileira

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Paulo Vinícius Coelho, ESPN

O primeiro tempo da seleção brasleira não foi ruim. Nem bom. Para ser vitoriioso, faltou Ronaldinho Gaúcho converter o pênalti marcado pelo árbitro português Pedro Proença. Faltou também alguém para dar mais posse de bola. Oscar estava mais à direita, um pouco mais recuado do que Neymar e Ronaldinho Gaúcho. Os três da frente aceleram o ritmo, o que é bom, desde que na medida certa. Não foi assim.

O segundo tempo, com Oscar por dentro, armando, mostrou um pouco mais de posse de bola nos primeiros dez minutos. O time posicionado no ataque roubava bolas mal passadas na entrada da área inglesa. Numa delas, Fred empatou. Depois, faltou bola no pé. Não houve Arouca, Jean, Oscar, Lucas e Neymar trabalhando de pé em pé.

Resultado: a Inglaterra tinha a bola e acelerava com Walcott, um baile contra a marcação de Adriano.

O dilema é relativamente simples de notar e difícil de corrigir.

O Brasil tem talentos de 21, 22 anos ou de 30, 32...

Os garotos não têm experiência para os jogos grandes, os veteranos não têm o futebol do passado. Ou ao menos não mostraram em Londres.

Esse equilíbrio entre jovens e velhos, entre perna e cabeça, será fundamental para chegar à Copa do Mundo em condição de pensar em ser campeão -- até em chegar às semifinais.

Em Wembley, o Brasil perdeu porque não encontrou o jeito certo de fazer essa mescla.

Nota do Editor da Aldeia: O linque para essa análise recebeu o maior número de RT no Twitter até às 17h40min de hoje.
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