-->

São Luís em 2014, a Ilha retorna à sua histórica rebeldia

Publicidade
Frederico Luiz, Redação da Aldeia

O comportamento de São Luís na eleição de 2010 deixou a oposição corada. A governadora Roseana Sarney venceu a disputa estadual na capital do Maranhão.

Forças Federais protegiam governo de Eugênio Barros
Veja aqui o depoimento de um sindicalista sobre 1951
O título de ‘Ilha Rebelde’ foi alçado desde os episódios da década de 50, quando a cidade parou para pedir a saída do então governador Eugênio Barros.
A militante comunista Maria Aragão foi presa e enquadrada na Lei de Segurança Nacional sob a acusação de fomentar incêndios; sem culpa formalizada, a médica permaneceu presa entre 5 de outubro e o Natal de 1951, pois foi a única excluída da anistia dada pelo governador aos oposicionistas após o término da greve. (JP)
Os aliados de Roseana comemoravam e passaram a classificar a capital do Maranhão como ‘Ilha Rosada’.

Os pedetistas culparam a cassação do governador Jackson Lago em abril de 2009 pelo desastre. No cronograma de governo, os dois últimos anos (2009 e 2010) seriam dedicados à São Luís e região metropolitana assim como os dois primeiros foram para o interior e em especial, Imperatriz.

Os comunistas apresentaram os braços cruzados do então prefeito João Castelo que apesar de ter sido eleito com o apoio decisivo de Jackson, em 2008 no segundo turno, fez ouvidos de mercador para os apelos dos oposicionistas para que entrasse na campanha.

O clã Sarney, claro, apresentou o charme da governadora Roseana, sua capacidade de liderança, como fator principal para a vitória, mesmo que parcial pois o segundo turno deixou de existir no estado por 0.09% dos votos válidos.

Governista sonharam com prefeitura
Muitos governistas se empolgaram e vislumbraram a prefeitura de São Luís ao alcance de suas mãos. Foi o caso de Tadeu Palácio e Max Barros que travaram uma guerra nem tão surda assim pela indicação palaciana. Com a proximidade das convenções. O primeiro saiu candidato e com discurso de oposição a Castelo e agora rompido com Roseana. O segundo desistiu da contenda mas continuou fiel em toda a sua plenitude ao Palácio dos Leões.

Em 2014, o quadro será outro. Bem diferente de 2010. Pelo andar da carruagem, Edivaldo Holanda Júnior desponta com uma administração eficaz e ao mesmo tempo popular. Conseguiu ampliar na política e com ‘jogo de cintura’ impede que todos os governistas o escolham com alvo principal.

Também, interessa ao prefeito Edivaldo a eleição de Flávio Dino ao governo do Maranhão, pois dessa forma pode se credenciar a ser seu sucessor em 2022. Até lá, suavemente, ele disputa com o vice-prefeito de São Luís Roberto Rocha que está adiantado no interior com sua campanha para o senado agora em 2014.

Edivaldo Holanda (E), o menino prodígio da oposição liderada por Flávio
Parece elucubração traçar em 2013 cenários para 2014. E delírio para 2018 e 2022. Porém, o que fez de Sarney até aqui um político invencível foi a sua capacidade de pensar a curto, médio e longo prazo.

A oposição liderada pelo presidente da Embratur, Flávio Dino, começou a fazer desde o ano passado este tipo de planejamento quando teve o ‘topete’ de lançar candidatos com a marca da oposição nos 217 municípios do Maranhão. Uma tarefa impossível até então. Apenas, até então.

Lobão enfrenta D. Luís
Enquanto isso, o grupo palaciano perdeu a capacidade de pensar e agora se engalfinha numa batalha inesperada.

O senador Lobão, finalmente, dá mostras que de forma alguma perdoará a falta de empenho do senador José Sarney em fazê-lo presidente do Senado que preferiu Renan Calheiros apesar da sua fragilidade pelas denúncias. Um abaixo-assinado pela sua queda já ultrapassa a casa de um milhão de assinaturas em menos de uma semana.

Nem tampouco Lobão perdoará Roseana Sarney por fazer tanto esforço para alavancar Dom Luís Fernando e o tornar herdeiro do trono.

Portanto, 2014, em São Luís, terá cenário eleitoral bem diferente do apresentado em 2010.
Advertisemen