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O burguês brasileiro é uma piada, já certos barões...

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Frederico Luiz, Redação da Aldeia

No Brasil, há muito deixou de existir por aqui o burguês no modo clássico. A burguesia nacional enquanto classe é coisa do passado. Com a chegada em grande volume do capital transnacional, sem pátria, enormes foram as compras, fusões e incorporações com investidores estrangeiros.

A rigor, cabe nas palmas das mãos os ‘insistentes’, burgueses brasileiros que detém grande aporte de capital e com empresas em expansão. É o caso das famílias Ermírio de Moraes (Votorantim), Gerdau (Gerdau), Aguiar (Bradesco), Setúbal (Itaú), entre outras poucas.

Mesmo elas perdem no capital social para estatais a exemplo da Petrobras.

Mídia é exceção
Porém, um setor, pelas seguidas constituições brasileiras, segue incólumes com capital majoritário de nossa terra. Trata-se das comunicações.

No atual estágio de desenvolvimento do Brasil e dos países da América Latina, o setor mais reacionário, costumeiramente o agronegócio, passou o bastão para os barões midiáticos que se interagem, como é o caso das organizações Globo (Marinho), Abril (Civita), Folha (Frias) e ainda seus parceiros cujo maior expoente é grupo Clarín dos ‘hermanos’ da Argentina.

Sociais democratas
são o alvo predileto
Em todo o planeta, a chegada da terceira via e o isolamento político dos agrupamentos revolucionários é saudado pela grande mídia. Aqui é diferente. PT-PCdoB-PDT, partidos da social democracia são atacados diuturnamente.

O PSB, graças a ação dos seis governos estaduais, dos partidos da esquerda que aceitam o “estabelecimento”, é que menos sofre. Nem sempre foi assim. Quando a sigla vivia somente dos governos de Pernambuco e Sergipe sob a liderança do saudoso Miguel Arraes, o pau cantava também.

Sem negócios para gerir ou investir, pois quase toda a produção nacional da América Latina é controlada ou por estatais ou por grupos privados transnacionais, resta somente a essa mídia sobreviver das benesses do estado, dos contratos milionários e irascíveis como o que tirou professores da sala de aula no Maranhão e os substituiu por apresentadores de TV da Rede Globo. Um crime contra a educação.

Como os governos Lula e Dilma pagam somente o que está tabelado, sem o “por fora” e o favorecimento para empréstimos sem lastro, eles se transformaram no Partido da Imprensa Golpista (PiG) como costuma repetir o ansioso blogueiro Paulo Henrique Amorim.

Porém, o que mais deixa intrigada o que restou desta burguesia midiática é a clareza do conjunto da população. Acostumada a tocar que nem as sereias e inebriar os navegantes para o choque com os rochedos, agora o conjunto da população nem liga para o que diz o Jornal Nacional.

Jornal Nacional
Ontem, eles fizeram uma montagem grosseira, no JN, tentando colocar o presidente Patriota do Banco Central contra o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Quem assiste ou lê os veículos da mídia tradicional se espanta. Até parece que o Brasil está numa crise sem precedentes como acontece agora em toda a Europa e nos Estados Unidos.

Os vilões da mídia até que queriam ser alçados à condição de duques. Mas, pelo andar da carruagem e a diminuição da audiência, o futuro que os aguardam é de se juntarem á categoria dos sem-empresas, como os Matarazzo, Gouveia, Nahas, Scaf e o folclórico Jorginho Guinle.
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