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Tribuna HojeSão Paulo, SP - O primeiro dia da blitz da nova Lei Seca em São Paulo, que passou a usar um aparelho para detectar o uso de drogas em motoristas, flagrou um condutor sob o efeito de entorpecente entre a noite de sexta-feira (8) e a madrugada deste sábado (9) na capital paulista.
A ação conjunta das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica encontrou maconha no carro do suspeito na Ponte das Bandeiras, Zona Norte. Submetido ao teste de imunoensaio, que coleta a saliva, o homem teve resultado positivo para o uso dessa droga. As informações são do SPTV.
“Ele vai perder a carteira e vai ter que pagar uma multa de R$ 1.900. Além disso, vai ter que responder por utilizar a droga para dirigir”, afirmou Daniel Annenberg, diretor presidente do Detran.
A Operação Direção Segura também teve bloqueios na Avenida Zaki Narchi e Braz Leme, também na região norte de São Paulo, perto de onde ocorria o desfile das escolas de samba no Anhembi. Por enquanto, as blitzes para flagrar motoristas sob efeito de maconha, cocaína, heroína e anfetaminas foi deflagrada somente na capital. Posteriormente, a ideia do governo paulista é difundir a ação em outras cidades do estado.
Além de usarem o aparelho que detecta a presença de entorpecente no organismo, as polícias também mantiveram a aplicação do teste do bafômetro, como é chamado o etilômetro, para aferir a quantidade de álcool ingerida pelos motoristas. O critério utilizado na fiscalização é o da “tolerância zero”, tanto para bebidas quanto para drogas.
O governador de São Paulo Geraldo Alckmim (PSDB) acompanhou a primeira noite do novo programa de fiscalização e ressaltou que a “a lei não pula carnaval”. “A lei não permite beber e dirigir. O objetivo de todo o trabalho é a conscientização e a fiscalização”, disse.
Ao todo, 210 condutores abordados na cidade de São Paulo, com 209 testes realizados para detecção de álcool e um para drogas. Apenas um motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ao todo, foram registradas 45 infrações - 14 pela condução de veículos após consumo de álcool e de outras substâncias psicoativas. As demais infrações foram infrações de trânsito, como falta de Carteira Nacional de Habilitação (CNH), licenciamento vencido e falta de cinto de segurança.
Três motoristas foram enquadrados na categoria "crime de trânsito", sendo um pela presença de valor igual ou superior a 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido; um por ter a presença de entorpecente no organismo; e um pela recusa ao etilômetro com a comprovação dos sinais notórios de alteração da capacidade psicomotora, o que configura crime de trânsito de acordo com a nova Lei Seca.
Operação Lei Seca
Em todo o Brasil, a Polícia Rodoviária Federal colocou cerca de 10 mil agentes nas rodovias para intensificar a fiscalização da Lei Seca durante o carnaval. A operação começou à 0h desta sexta-feira e vai até a meia-noite da Quarta-Feira de Cinzas. Cerca de 1.200 bafômetros serão utilizados.
Provas do consumo de álcool
Com a nova lei, podem ser utilizados, além do etilômetro, exames de sangue (e outros exames laboratoriais), testemunhos de terceiros, fotos e vídeos para comprovar a embriaguez do motorista.
Márcio Braga recusou teste
R7
Rio de Janeiro, RJ - O ex-presidente do Flamengo Márcio Braga foi parado por agentes da Lei Seca na madrugada deste domingo (10) e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Com isso, ele levou uma multa de R$ 1.915 e teve a carteira de habilitação apreendida.
A blitz estava montada na rua Lauro Sodré, em Botafogo, na zona sul do Rio. O carro do ex-dirigente rubro-negro só foi liberado depois que outra pessoa se apresentou para conduzir o veículo.
A infração para quem consome álcool e dirige é considerada gravíssima. O rigor para casos como esse aumentou no dia 21 de dezembro. A multa para os “barrados” na Lei Seca subiu de R$ 957 para R$ 1.915. Em caso de reincidência no prazo de um ano, o motorista fica impedido de dirigir por 12 meses e tem o prejuízo dobrado: R$ 3.830,60.
Além disso, a polícia poderá usar testemunhos, exames clínicos e até vídeos para que o condutor responda criminalmente, mesmo que ele não sopre no bafômetro. Desde que a Operação Lei Seca foi implantada há quatro anos no Rio, mais de 81 mil motoristas tiveram a carteira de habilitação apreendida por dirigir sob o
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