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Infecção generalizada? Morre Carioca, testemunha do assassinato de Décio Sá

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Chico Carvalho, Folha de São Paulo

São Paulo, SP - Uma das principais testemunhas da investigação do assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido em 2012, morreu em decorrência de uma infecção generalizada, na quarta-feira (13), em um hospital de São Luís (MA).

Ricardo Santos Silva, o Carioca, era suspeito de ter ligação com o grupo de agiotas que, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, ordenou o assassinato do jornalista, em um bar, em 23 de abril do ano passado.

Jornalista e blogueiro Décio Sá foi morto no ano passado com seis tiros em um restaurante de São Luís (MA)
Folha de São Paulo publicou sobre assassinato de blogueiro:
Promotoria denuncia 12 por morte de jornalista no Maranhão
Suspeito incrimina deputado em caso de morte de jornalista no MA

Carioca estava internado, sob custódia, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual Carlos Macieira em decorrência de um atentado que sofreu no dia 3 de janeiro.

No ataque, ele levou cinco tiros. A Polícia Civil investiga se o atentado foi uma tentativa de queima de arquivo.

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Aluisio Mendes, a morte da testemunha não prejudica a investigação da morte de Décio Sá, que mantinha um blog em que escrevia sobre crimes ocorridos no Maranhão e em outros Estados do Nordeste

"Tudo o que ele tinha de fornecer de informação foi fornecido", disse Aluísio Mendes.

Carioca também testemunharia em um inquérito paralelo que investiga a atuação da quadrilha de agiotagem em prefeituras do interior do Maranhão e do Piauí.

O secretário diz que os depoimentos de outras testemunhas e as provas técnicas serão suficientes para concluir o inquérito.

De acordo com o secretário, Carioca tinha participação em crimes envolvendo máquinas caça-níqueis, agiotagem e extorsão.

No ano passado, o Ministério Público do Maranhão denunciou 12 pessoas sob acusação de participação na morte do jornalista.

Entre os denunciados estão dois policiais civis, um policial militar, dois empresários e um advogado que, segundo a denúncia, promovia reuniões do grupo em seu escritório.

Nota do Editor da Aldeia: O título original é "Morre testemunha de assassinato de jornalista no Maranhão".
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