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Flávio Dino pinta 2013 e desenha 2014

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Frederico Luiz, Redação da Aldeia

A oposição maranhense à governadora Roseana (PMDB) possui três eixos no atual estágio. O principal deles é capitaneado pelo presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).

A candidatura de Flávio Dino nacionalmente está ligada à presidente Dilma Rousseff (PT) e ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). A governadora que recebeu apoio discreto de Dilma na eleição anterior está fora da órbita do todo-poderoso líder socialista.

Flávio Dino tem o PCdoB-PDT-PSB-PTC como núcleo duro e agora
ganha apoio do PR-PP para a disputa do governo do MA em 2014
O PSDB, pelo que demonstrou até agora, vai mesmo insistir com a candidatura de José Serra em 2014. Aécio é mesmo carta fora do baralho e o núcleo paulista deve garantir a eleição do prefeito Madeira para a presidência dos tucanos no Maranhão.

Oposição conservadora
O PPS está de olho numa vice. Seu líder nacional, Roberto Freire, atual deputado federal por São Paulo, flerta com Marina, de olho nessa vaga e também com os tucanos. A sigla pode lançar Pastor Porto como candidato a governador, numa coligação com o objetivo de manter a bancada tucana no Congresso Nacional, neste caso, em santa aliança com o PSDB. É a velha e carcomida oposição conservadora.

É difícil imaginar que José Serra se contente em fazer parte de uma coligação estadual, no Maranhão, Terra de José Sarney, com o peemedebista Luís Fernando logo no primeiro turno. Somente na hipótese cada vez mais improvável de Eduardo Campos ser o vice na chapa de Dilma e o PMDB retornar para os braços do PSDB como nos tempos dos dois governos de FHC.

Este espectro da oposição conservadora deve ou cruzar os braços no segundo turno, como fez a deputada estadual Eliziane Gama (PPS) na eleição municipal do ano passado na capital do estado. Ou mesmo liberar... e aí, Madeira estaria a vontade para apoiar Luís Fernando.


Marina Silva deve entregar novo partido no MA para o deputado Domingos Dutra, velho adversário de Sarney

Marina e Dutra
Outra banda da oposição, de caráter progressista e democrática, pretende se alojar no novo partido da presidenciável Marina Silva e pode ficar no Maranhão com o deputado federal Domingos Dutra (PT). É bem possível que haja candidatura própria no primeiro turno. Essa hipótese somente seria descartada numa composição a qual a nova sigla participasse da chapa majoritária de Flávio Dino.

No mesmo campo, da oposição, engana-se quem raciocina que as duas movimentações significam fragmentação da oposição. Ao contrário. Flávio Dino trouxe para seu campo, duas importantes agremiações com tempos iguais na telinha, o PP e o PR dos deputados federais Waldir Maranhão e Davi Júnior que em 2010 estavam no palanque da governadora Roseana.

O PSDB e o PPS são tratados como águas passadas, incapazes de mover moinhos para a oposição democrática em 2014. Por isso mesmo, a rejeição de grande parte desta oposição às candidaturas tucanas nas duas maiores cidades do estado, São Luís e Imperatriz.

Oposição de Esquerda
Caso consigam juntar em torno de Marcos Silva, a oposição de esquerda à presidenta Dilma, integrada por PSOL-PSTU e PCB pode eleger pela primeira vez um representante na Assembleia Legislativa. Seus eleitores tendem a anular o voto caso a oposição conservadora vá para o segundo turno. Porém, podem votar num candidato com chances de derrotar o clã Sarney. O PCB deve repetir a eleição de 2010 quando recomendou o voto contra os tucanos, ou seja, votou em Dilma no segundo turno.

Líder isolado de todas as pesquisas, com um bom tempo na televisão, com tráfego livre entre as presidenciáveis Dilma Rousseff e Marina Silva e o possível presidenciável Eduardo Campos, o presidente da Embratur, Flávio Dino trabalha para vencer a eleição logo no primeiro turno.

Porém, ele, Flávio, tem fôlego suficiente para resistir à prorrogação do segundo turno e ninguém duvida de seu talento e a influência de quando foi juiz federal, caso a disputa aponte para os pênaltis ou mesmo seja decidida no tapetão.
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