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De tanto tentar inflar Dom Luís Fernando, esquema esqueceu da eleição de Roseana

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Frederico Luiz, Redação da Aldeia

São Luís, MA - Somente agora, com o declínio político do clã Sarney que atinge desde as pequenas cidades até a capital do Maranhão, o núcleo palaciano deu-se conta que além do Palácio dos Leões, a vaga no senado da governadora Roseana (PMDB) está mesmo bastante ameaçada.

De tanto armar o circo para tentar garantir a eleição do ex-prefeito de São José de Ribamar, 'Dom Luís Fernando' para o governo do Maranhão, em 2014, como sucessor da dinastia, esqueceu-se de proteger a carreira da rainha.

Apoio do prefeito Madeira de Imperatriz é insuficiente para garantir a eleição de Roseana
Desde que o Brasil passou a ter três senadores eleitos pelo voto popular, renova-se a bancada em 2/3 numa eleição e 1/3 na seguinte. Ou seja, no próximo ano, o eleitor votará em apenas um candidato.

Em todo o país, o eleitor costuma associar o voto no senador com o respectivo postulante ao governo.

São Paulo é exceção
Quem disputa o senado e imagina que seu nome é maior do que a disputa estadual comete erro crasso. A única exceção no País é o estado de São Paulo onde o senador Eduardo Suplicy conseguiu esse feito.

Paraíba
Assim, em 1986, na Paraíba, o então governador Wilson Braga perdeu a eleição para o desconhecido Raimundo Lira que somente tinha um fator a favor, fazia parte da chapa do vitorioso Tarcísio de Miranda Burity, candidato ao Palácio da Redenção.

Pernambuco
Em 2010, Marco Maciel(DEM) apresentava-se como imbatível em Pernambuco. Perdeu para Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT). Ambos faziam parte da campanha vitoriosa, no primeiro turno, de Eduardo Campos à reeleição. O governador ainda permanece no Palácio Campos da Princesa.

Bem orientado, nacionalmente, pelo presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o recém-eleito vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha se delineia como o candidato da chapa de Flávio Dino que concorre para o governo.

A governadora Roseana Sarney estimula o surgimento de candidatos fortes no campo da oposição, ao governo do estado onde tem segundo turno. Ou seja, cava sua própria sepultura, pois no primeiro turno o eleitor escolhe e no segundo, rejeita. Por isso a dificuldade dos governistas de quaisquer partes do planeta de vencerem uma eleição no turno final.

Para o senado é diferente. Quem vence no primeiro turno, rara a exceção, como o caso paulista de há muito tempo, leva consigo o vitorioso para o Senado.

Roseana e Cafeteira
A própria governador Roseana levou Epitácio Cafeteira (PTB) para o senado há sete anos. Ela venceu seus contendores no primeiro turno e perdeu no segundo para Jackson Lago (PDT) que recebeu o apoio decisivo de Vidigal (candidato pelo PSB e terceiro colocado) e ainda de Aderson Lago que estava no PSDB.

Um provérbio russo sentencia: 'Não se esquenta uma casa com a promessa de lenha'. E por enquanto, a campanha da governadora Roseana está gelada pelos fatores acima. Apenas promessas que seu nome é maior e que a máquina pública é a salvação. Enquanto isso, a campanha de Roberto Rocha tem a lenha de Flávio queimando a todo vapor, e a seu favor.

Notas do editor da Aldeia:
a) O sorriso largo do prefeito Madeira, de Imperatriz, é do ano passado, às vésperas das convenções partidárias quando a governadora liberou R$ 5 milhões em convênios. Na ocasião, conforme relatou um tucano de alta plumagem durante encontro da justiça eleitoral em Imperatriz, Madeira teria prometido o voto em Roseana para o senado e pediu o afastamento do empresário Ildon Marques da disputa eleitoral.

b) A governadora Roseana Sarney atendeu o pedido de Madeira e os convencionais do PMDB derrotaram o ex-prefeito Ildão que pretendia disputar a prefeitura.
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