Publicidade
247Brasília, DF - Dividido entre mais de dois caminhos – apoiar em 2014 a presidente Dilma Rousseff, o candidato do PSB, Eduardo Campos, lançar um nome próprio ou, quem sabe ainda, dialogar com o tucano Aécio Neves –, o PDT parece aguardar quem dá mais para tomar sua decisão.
Atualmente rachada, a legenda deve decidir seu rumo numa convenção marcada para março, quando será escolhido o novo presidente. Para o colunista da Folha Josias de Souza, o atual comandante da sigla, Carlos Lupi, é um "governista de dois gumes", pois negocia com a presidente ao mesmo tempo em que flerta com Campos.
A coluna desta sexta-feira de Ilimar Franco, do jornal O Globo, noticia que Dilma se ofereceu a substituir o ministro do Trabalho, Brizola Neto, caso o partido garanta apoio à sua reeleição no ano que vem. Brizola, quem deveria ser, em tese, o representante do partido no Planalto, não é visto como tal por muitos pedetistas, já que não foi a legenda que o indicou ao governo.
Leia abaixo as notas sobre o assunto na coluna de Ilimar Franco:
No sal
Descontente com a atuação de Brizola Neto (Trabalho), a presidente Dilma sinalizou ao presidente do PDT, Carlos Lupi, em conversa semana passada, que aceita trocar o ministro, desde que o partido se comprometa em apoiá-la à reeleição. Lupi disse que não trataria agora de 2014, que não podia fazer essa promessa e ofereceu o nome de Manoel Dias para a vaga de Brizola Neto.
Crônica da morte anunciada
Interlocutores do governo contam que a presidente Dilma chegou ao limite com Brizola Neto porque ele teria prometido coisas que não cumpriu. O ministro não tem controle algum sobre as centrais sindicais e também não se relaciona bem com os deputados e senadores. Prometeu a Dilma um líder na Câmara da sua confiança, mas seu candidato, João Dado (SP), foi derrotado por André Figueiredo (PE) por 19 x 5. Além de Brizola não agregar o partido, a maioria dos deputados não faz questão de apoiar a reeleição de Dilma. Dos 26, só seis querem manter a aliança com o PT.
PDT de olho em Eduardo
Pedetistas se dividem entre a candidatura do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) à Presidência e o apoio a Eduardo Campos (PSB-PE). Há os que sugerem dobradinha com Campos a presidente e Cristovam a vice.
Comente aqui