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A democracia faz bem. Até para o Vaticano!

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Frederico Luiz, Editor da Aldeia

A renúncia do Papa Bento 16 anunciada para 28 de fevereiro desnuda um dos fatos que incomoda a todos os católicos. O estado do Vaticano adota uma ditadura. Seu governante é eleito num conchavo, termo aportuguesado para conclave, de origem latina que significa com chave, à portas fechadas.

Tratado de Latrão, assinado por Mussolini assegura ditadura do Vaticano
E o conchavo que elege o papa elege um rei, vitalício. Somente um ato unilateral como a renúncia pode tirá-lo do poder.

Com que moral, o Papa pode então condenar a falta de democracia em certos países do planeta, questiona-se. As demais religiões seguem as mesma regras com um diferencial importante, nenhuma delas são proprietárias de um estado, um país, como é o caso do Vaticano, inserido na capital da Itália, Roma e cuja independência foi assegurada pelo Tratado de Latrão.

Das duas uma. Ou a Igreja Católica renuncia ao direito de possuir um estado próprio ou adota um sistema democrático para esse País. Sob pena de ficar sem autoridade alguma para condenar as sangrentas ditaduras. As mesmas que se assemelham à santa inquisição, o período da idade média que muitos foram torturados ou lançados à fogueira com acusações bestiais, como bruxaria e pacto com o demônio.

Cabe até uma reeleição, como no caso do Brasil. Ou mesmo duas, como é a Venezuela. Ou o sistema parlamentar, como acontece em Cuba e que assegura a continuidade de um bom líder por mais tempo e põe para rua no mesmo dia quem descumpre a vontade popular.
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