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Centro do Toinho, Genipapo e Olho D'Água são alvo de disputa na Região Tocantina

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G1-MA

Uma polêmica que se arrasta por muitos anos é o impasse sobre os limites territoriais de municípios da região tocantina. A indefinição prejudica a liberação de recursos para os municípios e dificulta a vida da população.

Os povoados Olho d’Água e Genipapo, de acordo com dados do IBGE, pertencem a Buritirana-MA, mas os moradores garantem que estão dentro do município de Senador la Rocque-MA, ambos na região leste do Estado.

Buritirana, na Região Tocantina do MA  reivindica povoados
“Houve casos em que foi preciso a Justiça entrar em ação. Nós percebemos uma certa rejeição das pessoas, até mesmo em dar as informações necessárias, porque eles não aceitam que estes dois povoados pertençam a Buritirana”, revelou o professor Reginaldo Pereira dos Santos, que gerenciou a equipe do IBGE, durante a realização do senso 2010.

Segundo os moradores, uma ponte, na rodovia MA-122, seria a referência para o limite entre os dois municípios. O impasse quanto ao limite territorial de Senador la Rocque continua. No povoado Centro do Toinho, a quase 50 quilômetros da sede do município, a opinião dos moradores é divergente. Alguns alegam que pertencem a João Lisboa-MA, mas a maioria acredita ser mesmo de Senador la Rocque.

“A acho que não tem lógica uma coisa dessas. Até porque a cidade que nós temos mais próxima é Senador la Rocque e tudo que nós vamos fazer é lá”, disse a comerciante Rosilene Macedo. A opinião é compartilhada pela professora Aldaires Pires: “Como professora e moradora dessa comunidade passo a informação de que nós pertencemos a Senador La Rocque e não a João Lisboa”.

Há 17 anos Buritirana e Mucuíba pertenciam a João Lisboa. Com a emancipação política dos dois povoados, João Lisboa ficou com uma área territorial bem menor. O prefeito do município, que reivindica o direito pelos povoados em questão, alega que administra mais de 20 comunidades que deveriam pertencer à cidade, mas que segundo o IBGE constam como povoados de João Lisboa ou Buritirana.

“Esta questão de repasse tem nos trazido muito transtorno considerando que o FPM da saúde e ação social é baseado no número de habitantes. E esses recursos são contados para outros municípios, muito embora as despesas sejam custeadas por Senador La Rocque, num momento de intranquilidade financeira”, reclamou o prefeito Francisco Nunes.
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