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Dominique Strauss-Kahn paga US$ 6 milhões a camareira, diz Le Monde

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RFI

O site do jornal francês Le Monde afirma que o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn pagará US$ 6 milhões à camareira Nafissatu Diallo, para encerrar os 18 meses de disputa judiciária entre os dois, confirmando a informação do New York Times de que eles teriam chegado a um acordo. Strauss-Kahn fará um empréstimo bancário da metade do valor e a outra metade será também emprestada, mas por sua ex-mulher, Anne Sinclair. De acordo com o Times, o acordo ainda não teria sido assinado.

O ex-chefão do FMI, Dominique Strauss-Kahn (DSK),
durante conferência em Kiev, na Ucrânia, em
4 de abril de 2012. Ele agora encara a justiça francesa
Ainda que não tenha aceitado comentar o anúncio do jornal, o juiz Douglas McKeon que se ocupa do processo civil no Tribunal do Bronx confirmou que os dois devem se encontrar na semana que vem na corte. Os acordos financeiros são um expediente comum para encerrar disputas judiciárias nos Estados Unidos e os montantes podem atingir milhões de dólares. A cifra ou os termos da negociação não não foram divulgados.

Em 8 de agosto de 2011, Nafissatu Diallo, de 33 anos, prestou queixa contra DSK, por agressão sexual, numa suíte do Sofitel, no 14 de maio precedente. Strauss-Kahn reconheceu uma breve relação sexual "inapropriada", nas palavras dele, com a camareira guineense, mas negou qualquer violência ou constrangimento.

Depois da suposta agressão, Diallo deixou o hotel. DSK pediu demissão do Fundo Monetário Internacional em 18 de maio de 2011, abandonou o plano de se candidatar à presidência da França e se separou de Anne Sinclair.

Caso o acordo seja confirmado, Strauss-Kahn estará livre das pendências com a justiça norte-americana, mas ainda continuará indiciado na França, sob a acusação de envolvimento com uma rede de prostituição. Sobre este caso, a justiça francesa deve se pronunciar no próximo dia 19 de dezembro.
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