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São Paulo insegura: acusado de matar irmãs é capturado

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por Alexandre Barreira

O pintor Antonio Carlos Rodrigues Júnior, de 30 anos, confessou ontem, por volta das 14 horas, que assassinou a facadas as irmãs Renata de Cássia Yoshifusa, de 21 anos, e Roberta Yuri Yoshifusa, de 16, na noite da última sexta-feira, na residência da família, na Vila Oliveira em Mogi-SP.

Roberta e Renata, brutalmente assassinadas em SP
Acusado de duplo homicídio e duplo estupro, ele teve a prisão temporária de 30 dias decretada no final da tarde de ontem pelo juiz de plantão Emerson Norio Chinem, após solicitação apresentada pelo delegado titular do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes, Luiz Robertao Biló. Júnior, também conhecido como ‘Tartaruga’, foi removido para a Cadeia Pública de Mogi no início da noite de ontem.

Além da confissão do réu, o delegado também informou que foi decretado segredo de Justiça no caso para preservar a integridade física do acusado e da família das vítimas. Ele contou, no entanto, que o pintor caiu várias vezes em contradições durante seu depoimento, que levou aproximadamente seis horas.

Justiça decreta prisão temporária de pintor
"Primeiro ele disse que havia outras três pessoas na casa e que teria entrado em luta corporal com elas, mas a perícia técnica feita pela equipe do Setor de Homicídios não encontra evidências disso. Por várias vezes, Júnior disse que ele e as meninas haviam sido atacados por três homens, mas depois resolveu falar a verdade", afirmou.

De acordo com o delegado, Júnior teria dito que deu um "branco" e não sabe como foi matar as meninas daquele jeito e nem os motivos. "Além disso, ele nega que tenha estuprado as duas, mas somente exames laboratoriais vão determinar se ele abusou sexualmente das meninas ou não", declarou.

Biló disse ainda que para sustentar a versão de que teria sido agredido pelos supostos invasores na residência da família do empresário Nelson Yoshifusa e da dona de casa Rita Damasceno Yoshifusa, ele mesmo se feriu com uma das três facas usadas para cometer o crime contra as irmãs, fazendo cortes no antebraço direito e na barriga.

Apesar de não dar detalhes da dinâmica do crime que teria cometido o pintor, o delegado revelou que Renata foi a primeira a ser morta por Júnior que, em seguida, golpeou a irmã mais nova, Roberta. No local do crime pôde ser verificado, pelas fotos feitas pelo Setor de Homicídios na residência dos Yoshifusa, que as meninas tentaram lutar contra o agressor, mas não tiveram chance de defesa.

Depois, segundo o delegado, o pintor forjou álibis falsos para entrar como vítima na história. Ele mesmo se feriu e chamou a Polícia e o Samu.

O pai das meninas foi o primeiro a chegar no local e viu o acusado sentado no topo da escada de acesso para a residência com uma faca do lado.

Biló destacou que o pintor foi indiciado por duplo homicídio e duplo estupro. As penas de cada crime variam de 12 a 30 anos e de 6 a 10 anos de prisão em regime fechado, respectivamente.

Durante o depoimento de Júnior, Biló contou com o auxílio dos delegados Francisco Del Poente, titular de Biritiba Mirim e que era amigo da família das vítimas, e de Marcos Batalha, titular do 1º Distrito Policial de Mogi das Cruzes. Além disso, também participou da oitiva com Júnior o juiz Leandro de Paula Martins Constant, do Juizado Especial Criminal, Jecrim, do qual Renata Yoshifusa era estagiária.

Fonte: O Diário
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