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Começam as Assembléias de PMs e Bombeiros, greve é iminente e governo sai da mesa de negociação

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por Frederico Luiz
com Agência Assembleia e Blogues

As reivindicações e a ameaça de nova paralisação das atividades dos policiais e bombeiros militares foram discutidas na Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (23). A presidente da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias, deputada Eliziane Gama (PPS) pediu novamente que o Governo do Estado atenda reivindicações da categoria para evitar o caos na Segurança Pública do Maranhão. Ela lembrou que a liderança do Governo na Casa pediu um prazo de 15 dias que expirou nesta quarta, porém até agora não houve negociação.


“Estamos desde o mês de fevereiro em várias reuniões para tentar se chegar a um acordo e até o presente momento nada. Quinze dias foram estabelecidos pelo líder do governo, porém até o presente momento também não foi atendido. Precisamos resolver esta situação para evitar o caos na segurança”, lamentou.

Na tribuna Eliziane disse que recebeu a informação sobre possível ação do Batalhão de Choque na assembléia-geral que será realizada às 18h no prédio da Fetiema. Ela pediu sensibilidade do Comando da Polícia Militar para evitar ações violentas contra a categoria.

Outra preocupação da deputada é referente a presença da Força Nacional, pois, além de gasto diário para o Estado de aproximadamente R$ 250 por cada militar, os integrantes da Força Nacional não poderão realizar o trabalho dos bombeiros, principalmente em caso de incêndio.

“Com a Força Nacional o Maranhão paga uma diária de R$ 250 para cada um dos militares, porém a possível paralisação não vai ser apenas dos policiais militares, mas também do Corpo de Bombeiros que faz um atendimento, por exemplo, no Samu e em caso de incêndios”, lembrou.

Desde às 18h, policiais e bombeiros começaram assembléias regionais para decidirem sobre a greve das corporações.

Na semana passada, Marcelo e Carlinhos
condenaram governo por intransigência
Deputados de oposição acusaram, na sessão desta quinta-feira (17), o Governo do Estado de descumprir acordo intermediado por parlamentares, que permitiria reajuste para os policiais militares e bombeiros e os livraria de qualquer punição pelo movimento por melhores condições de trabalho. O líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), Marcelo Tavares (PSB), foi o primeiro que abordou o assunto e acusou duramente o governo por haver recuado na pretensão.

Líder do PDT, Carlinhos Amorim
lamenta punições na PM
Carlos Amorim (PDT) criticou a punição aos militares e bombeiros, por haverem participado do movimento em defesa de melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Amorim contou detalhes do acordo e disse que dele, além de vários deputados, participaram o governador em exercício e o secretário de Segurança Pública, Aloísio Mendes. O pedetista fez um apelo para que o governo reveja as punições e dialogue com os bombeiros e militares.

Neto lamenta propaganda
O deputado Neto Evangelista (PSDB) declarou, na manhã desta quarta-feira (23), que o Governo do Estado, em vez de buscar um canal adequado de negociação para atender às reivindicações dos policiais militares, está tentando colocar a população contra os PMs que ameaçam fazer paralisação.

“Eu assisti na televisão uma propaganda, produzida pelo sistema de comunicação do próprio Governo, que tenta jogar a população contra a categoria dos militares, contra a Polícia Militar, contra o Corpo de Bombeiros Militares, dizendo que uma greve só interessa a bandidos e a criminosos. Se o Governo sabe disso, se o Governo coloca isso na sua própria televisão, por que não abre um canal de diálogo com os membros desta corporação?”, questionou Neto Evangelista.

Ele afirmou que o ideal seria que o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, pudesse comparecer à Assembleia Legislativa, para atender aos policiais militares.

Fonte: Agência Assembléia



A Força Nacional no MA
Hoje, chegando de uma exaustiva viajem a São Luis, onde estivemos em busca de um acordo Maranhão, acordo este que não foi negociado por falta de respeito da outra parte, me deparei com uma fileira de 10 (dez) viaturas da a força nacional desfilando pelas rua da minha querida Imperatriz e me causou tristeza pela representação que aquele comboio estava fazendo.

A governadora, em total desrespeito à sociedade maranhense, tem a falta de vergonha de solicitar um mísero número de policiais da força nacional, 200 homens ao total, para tentar substituir os Militares do Maranhão, para camuflar a prevista paralisação dos militares do Maranhão a partir do dia 23/11/2011. O Maranhão, apenas com a Polícia Militar, conta com 7.500 (sete mil e quinhentos) homens e é o menor contingente relativo de policiais entre os estados brasileiros. Desconheço que o Secretário de Segurança seja mágico e, se ele não for mágico, não fará mágica com os homens da força nacional para substituir 7.500 com 200.

Com a força nacional pronta no Maranhão, a Governadora diz a todos que nós devemos paralisar nossas atividades para que ela venha a negociar com a nossa classe. Assim, nós vamos paralisar todas as nossas atividades, por tempo indeterminado, até que ela apresente uma solução exeqüível, viável e de bom grado para os militares, que condicione um reflexo positivo à sociedade.

Os policiais, amigos, irmãos e nossos semelhantes não estão aqui para nos confrontar, pois eles também tem anseios típicos dos nossos; de onde eles vieram, em seus estados, também enfrentam problemas, como perdas salariais, desrespeito à dignidade humana, falta de equipamentos básicos necessários ao desempenho dos seus serviços. Todos eles, quando não estão em missão pela FN, vestem seus uniformes tradicionais e são vistos apenas como policiais normais nas suas corporações.

Aqui, eles devem ser visto como semelhantes, como eles também devem nos ver. Nenhum deles ou de um de nós deve acreditar na insensatez de que vamos entrar em conflito, vamos respeitá-los e seremos respeitados. Os FN's estão aqui para tentar nos substituir ou amenizar a situação de insegurança da sociedade; não estão aqui para representar o Governo, logo não devem atender às ordens absurdas e sem razões.

Em tempo, aproveito este espaço para convidar os colegas da FN para refletirem sobre a situação dos seus familiares, sobre seus atos, sobre seus colegas nos estados de onde vieram e sobre as motivações de estarmos nessa luta. Se refletirem chegarão ao entendimento de que estamos corretos no que estamos fazendo e que os FN's deveríam somar forças com os militares do Maranhão nesse momento e mostrar a todos os militares do Brasil que a coragem não tem endereço, que ela mora no coração de quem lhe alimenta.

Caros colegas da FN's, venham somar forças com os militares do Maranhão e levar o exemplo para seus Estados. Façam uma operação padrão e deixem o nosso Maranhão com o coração cheio do prazer de tê-los recebidos e reconhecidos como irmãos.

Fonte: Associação Regional de Cabos e Soldados da PM e do CBMMA de Imperatriz, Açailândia e Região Tocantina Maranhense - ARCSPMIA
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