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Aldo Rebelo anuncia novos nomes no Esporte

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Duas semanas após tomar posse no Ministério do Esporte, o ministro Aldo Rebelo anunciou, nesta segunda-feira (14), três nomes do seu novo secretariado. A principal mudança está na secretaria-executiva, que será ocupada pela economista Paula Pini, em substituição a Waldemar Souza.

Novo ministro Aldo, nova equipe
Souza era uma das presenças incômodas dentro do ministério após a saída do ex-ministro Orlando Silva. O agora ex-secretário-executivo assinou convênios com ONGs (organizações não governamentais) suspeitas de irregularidades, dentre elas um contrato de R$ 6,2 milhões com um sindicato de cartolas do futebol para um projeto da Copa do Mundo de 2014.

Filiado ao PCdoB-RJ, o nome de Souza também aparece, por exemplo, na prorrogação de um convênio do Programa Segundo Tempo no valor de R$ 911 mil com o Instituto de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente, da cidade de Novo Gama (GO). Aldo Rebelo anunciou que Souza continuará no ministério, mas não quis informar em qual função.

- Ele continuará no ministério porque é importante, inclusive para passar a memória e as coisas do ministério à nova secretária, mas agora em outro posto.

A substituta, Paula Pini, é especialista em desenvolvimento urbano e era coordenadora de projetos do Banco Mundial antes de assumir o novo cargo. Ela estava em Washington, onde ocupava o posto de especialista sênior para Desenvolvimento Urbano do banco, cuidando de projetos voltados a África.

- É uma pessoa muito experiente na área de contratos. Já entrei em contato com o Banco Mundial no sentido de providenciar o desligamento. Ela aceitou o convite e assumirá em breve.

Outros dois nomes anunciados hoje por Aldo são o do diplomata Carlos Henrique Cardim, que assume a chefia da assessoria internacional do ministério, e o de Afonso Barbosa, para o cargo de secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social.

Cardim é diplomata de carreira e já ocupou postos na Noruega e na Islândia, onde foi embaixador até dois meses atrás, Paraguai, Estados Unidos, Venezuela, Chile e Argentina. A atual assessora internacional, Ana Prestes, continuará no ministério como subchefe para assuntos internacionais.

- O ministério precisa, institucionalmente, da presença e da experiência do embaixador Cardim porque, além de acordos na área internacional de exporte, os eventos internacionais como a Copa e as Olimpíadas necessitam da experiência e da segurança que nosso embaixador tem.

Afonso Barbosa, por sua vez, é vice-almirante reformado da Marinha e ocupou cargos no governo desde a gestão do ex-presidente José Sarney. Foi diretor da Escola de Guerra Naval e, antes de aceitar o convite, era diretor de Patrimônio da multinacional Bunge no Brasil.

Os três ainda não têm data para começar a despachar no ministério. Questionado se haveriam novas mudanças na pasta, Aldo preferiu não bater o martelo.

- A priori, as outras secretarias estão mantidas. Julguei importante já resolver onde estava ao meu alcance resolver, principalmente na secretaria-executiva, por razões óbvias. É a secretária-executiva que acompanha o ministro nas principais ações e decisões do ministério.

Antes do anúncio, circularam boatos de que o ministro teria convidado Nádia Campeão, ex-secretária de Esporte de Marta Suplicy na prefeitura de São Paulo, e o ex-velejador Lars Grael, que chegou a ser secretário nacional de Esporte no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Algo negou que tenha feito os convites.

ONGs
Principal foco de irregularidades no Ministério do Esporte, o programa Segundo Tempo foi responsável pela queda de Orlando Silva, principalmente pelas denúncias de desvios relacionados a organizações não-governamentais. Nesta segunda-feira, Aldo voltou a defender que o ministério não deve basear seus projetos na transferência de dinheiro às ONGs.

- Não tenho com as ONGs nenhuma inimizade, mas o Estado não deve priorizar o direcionamento de recursos para as ONGs, e sim para instituições publicas. É melhor fazer um convênio via prefeitura, universidades. Eu teria mais segurança e garantia. Não será a prioridade do ministério, assim você preserva mais o dinheiro público.

Fonte: R7
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