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Japão dá primeiro passo para restabelecer energia em usina

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Foto: AP
Fumaça subindo de reator 3 da usina de Fukushima, no Japão

A Tokyo Eletric Power (Tepco), operadora da usina nuclear japonesa de Fukushima 1, informou nesta quinta-feira que os engenheiros conseguiram conectar um cabo elétrico externo ao reator 2. O cabo será usado para restabelecer a energia elétrica na usina, uma operação que deve continuar sendo feita pelos trabalhadores.

O restabelecimento de energia permitirá que as estações de bombeamento de água voltem a funcionar na usina. Elas estão paradas desde o dia 11 de março, quando o Japão foi atingido por um terremoto seguido de tsunami que devastou a região nordeste do país.

Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), os engenheiros esperam religar a energia assim que terminarem de colocar água do mar no reator 3, na tentativa de resfriá-lo.

Sem o sistema de resfriamento tradicional, os funcionários da central vêm utilizando diversos meios para tentar diminuir a temperatura dos reatores e encher as piscinas de resfriamento das barras de combustível. Nesta quinta-feira, o Japão usou helicópteros e canhões de água para tentar estabilizar a instalação, mas o alto nível de radiação no local dificultou o trabalho dos militares e policiais que comandam as operações.

Oito canhões d'água passaram a ser usados na tentativa de reduzir a temperatura do reator 3. Os militares que operavam os canhões, porém, foram obrigados a recuar por causa dos altos índices de radiação. A agência Kyodo afirmou que a operação foi retomada posteriormente, mas não deu outras informações.

Autoridades japonesas também começaram a usar helicópteros militares CH-47 Chinook para jogar toneladas de água nos reatores três e quatro da usina de Fukushima. A operação começou às 9h48 (21h48 de quarta-feira em Brasília), segundo as autoridades locais.

As aeronaves descarregaram quatro cargas de água antes de deixar o local para tentar reduzir ao máximo a exposição das tripulações à radiação. Mas imagens de televisão mostravam que o vento parecia impedir que grande parte da água chegasse ao local desejado.

A Tepco afirmou que a ação dos helicópteros não reduziu sensivelmente os índices de radiação. Cada equipe a bordo dos helicópteros faz voos de no máximo 40 minutos, na tentativa de reduzir sua exposição à radiação. Na quarta-feira, o alto nível de radioatividade impediu que a mesma operação fosse realizada.

Embora a operação de resfriamento não tenha solucionado as falhas em Fukushima, uma autoridade da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Graham Andrew, afirmou que a situação não piorou nas últimas horas, "o que já é positivo". "Podemos dizer que a situação é séria, mas estável", definiu.

Fonte: IG - Último Segundo
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