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Expansão da base de Alcântara enfrenta impasse com quilombolas

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Visão panorâmica do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Foto: Reprodução

A base de Alcântara, no norte do Maranhão, tem outro desafio além de fazer um lançamento bem-sucedido do foguete ucraniano Cyclone-4, previsto para 2012: os planos governamentais de expandir a base para projetos futuros esbarram nas comunidades de estimados 2 mil quilombolas que vivem na região.

Segundo Servulo de Jesus Moraes Borges, representante do Movimento dos Afetados pela Base de Alcântara (Mabe), o caso está em debate em uma câmara de conciliação, sem previsão de conclusão.

Se aprovados, os planos de expansão podem dobrar o tamanho da base, que atualmente tem cerca de 8,5 mil hectares.

Borges disse que seu movimento “não aceita o avanço dentro das áreas dos quilombolas, porque se criariam precedentes políticos”.

Segundo ele, os quilombolas ficam atualmente apenas com os “subempregos de pouca qualificação” oferecidos pela base.

– O projeto não beneficia a comunidade local, faltam investimentos em educação e em qualidade de vida.

O presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Ganem, aposta no bom relacionamento com os quilombolas e afirmou que essas comunidades “deverão ser tratadas como clientes prioritários”.

– A população encontrou um colaborador no programa espacial brasileiro –, disse.

O previsão é de que o lançamento do foguete Cyclone-4, preparado em parceria entre Brasil e Ucrânia, ocorra com a base de Alcântara nas atuais dimensões.

Fontes: Correio do Brasil e BBC
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