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Após condenação, Lula dispara, afere Houston

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Somente a prova robusta e certeira, sem qualquer resquício de dúvida é capaz de fundamentar uma condenação. (Pesquise Direito)

Pelo visto, a condenação do ex-presidente Lula e o desenrolar da Lava-Jato com delações cada vez mais premiadíssimas, ao passo que o petista admitiu após o episódio, pela primeira vez, que é de fato pré-candidato; esses dois fatores devem ter contribuído para o seu crescimento, por isso o silêncio.

Tivesse no mesmo patamar, a manchete seria inevitável: Após condenação, Lula estaciona! Ou: Depois da condenação de Moro, ex-presidente patina...

Porém, aferem algo diferente. E Houston chama a base para dizer que algo de novo acontece no País chamado Brasil. Lula Cresceu! No Facebook, por exemplo, percebe-se a clara comoção com a condenação sem provas da República de Curitiba.

Nem a Inquisição ou o nazi-fascismo ousaram tanto, preocupavam-se em forjar provas materiais e arrancar confissões com a tortura.

Após o autor do Domínio do Fato desmentir que sua teoria diminuía o papel da prova, até divulgaram uma nova doutrina, cujo nome nem merece ser mencionado aqui e que me desculpem as demais doutrinas, para justificar a ausência de provas.

Frederico Luiz

O Tijolaço publicou ontem:

As não-pesquisas querem dizer algo


Há 17 dias o juiz Sérgio Moro condenou a nove anos e meio de prisão o primeiro colocado em todas as pesquisas eleitorais para 2018.

Nenhum dos grandes institutos de pesquisa, até agora, dignou-se a medir o impacto da condenação de Lula na intenção de voto presidencial.

Conhecendo-se como se conhece os institutos de pesquisa brasileiros, bem como os pagadores das pesquisas, é um sinal de que “a jararaca” está viva.

E há outros sinais, ainda.

A pesquisa CNI Ibope, divulgada anteontem, diz que 52% dos entrevistados considera o Governo Dilma – com todos os seus problemas – melhor que o de Temer. Não parece ser opção de quem tenha rejeição absoluta a Lula.

Hoje, o Poder360 publica levantamento do tal Instituto Paraná Pesquisas, sobre o qual não deposito maior credibilidade (política, não técnica) que mostra que a rejeição – apontada como o grande problema de Lula – e semelhante para os três principais candidatos (Lula, 56; Bolsonaro, 53; Alckmin, 52).

Nos cenários de segundo turno apresentados, Lula vence todos os possíveis adversários: Bolsonaro, Doria, Marina, Joaquim Barbosa (?) e Geraldo Alckmin.

Todo o poder da mídia, do mercado e do Judiciário, ao que parece, não conseguiram destruir Lula, mesmo parindo personagens como Bolsonaro e Doria.

Fernando Brito, Tijolaço
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