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Em 120 dias, São Luís, a Jamaica Brasileira, abrigará o segundo Museu do Reggae do mundo. Em noite de muita festa da massa regueira em reverência ao Dia Nacional do Reggae e ao ídolo Bob Marley, o governador Flávio Dino assinou, na sexta-feira (12), ordem de serviço para a implantação do espaço que vai abrigar a história do estilo musical símbolo do Maranhão. Na ocasião, o Governo do Estado também anunciou o lançamento do edital do reggae, projeto que movimentará a Praça da Criança todas as quintas-feiras de agosto a dezembro com muito som de bandas e djs da cidade.A noite foi embalada pelos maiores ícones do reggae maranhense e movimentou o Centro Histórico com muita música e diversão. O governador Flávio Dino definiu o reggae como um movimento cultural que tem conteúdo, e “é por isso que a gente está construindo um espaço vivo de preservação dessa cultura. O Museu do Reggae já é uma realidade. A primeira peça é a radiola do serralheiro”.
Para o governador, o Museu tem que ser vivo, e “é por isso que essa praça vai ter reggae pago, financiado, custeado pela nossa política cultural, inclusive para dar oportunidade para as pessoas que trabalham com reggae poder ter a subsistência e o incentivo da sua arte”.
O secretário de Cultura e Turismo, Diego Galdino, disse que o momento é um marco histórico no Maranhão. “Estamos realizando um sonho. O povo maranhense tem o privilégio de ter o segundo Museu do Reggae do mundo. Hoje só se encontra Museu do Reggae na Jamaica. O sonho está se tornando realidade”, ressaltou.
Ele explicou ainda que o Maranhão é o primeiro estado do Brasil a abrir um edital voltado especificamente para o reggae. “Nós teremos reggae todas as quintas-feiras nesta praça, de agosto a dezembro. Isso é fruto de um trabalho que vem dando todo o suporte que a cultura do Maranhão precisa”, realçou Galdino.
Escolhido para ser diretor e curador do Museu do Reggae, Ademar Danilo, um dos expoentes do estilo musical no Maranhão, disse que essa iniciativa é a realização de um sonho antigo de velhos regueiros que “vira realidade graças a sensibilidade do governador Flávio Dino, do secretário Diego Galdino e com o apoio de todo mundo que acredita que o reggae é o que ele é, um elemento cultural consolidado da nossa terra, daqui do Maranhão”.
Ademar Danilo explicou que o reggae chegou ao Maranhão há quase 50 anos, se incorporou na vida da sociedade e influencia a todos, na maneira de ser, de falar, de vestir e de dançar. “O reggae é uma música que não é uma música qualquer. Ele se presta a ser veículo, transportador de mensagens de paz e de luta de igualdade, contra o racismo, contra os preconceitos e as discriminações. Essa é a nossa música favorita. E ela é uma música combativa, que tem mensagem, essa música é a música que vai ser homenageada pelo Governo do Estado nesse museu”, enfatizou.
O Museu do Reggae será localizado na Rua da Estrela, nº124, Centro, em São Luís. O espaço, além de homenagear o estilo musical típico da cultura maranhense, será um grande vetor de desenvolvimento do turismo na capital. É o que acredita o publicitário Luiz Henrique, que acompanhou a noite de festa e de reverência a Bob Marley. “Esse museu será um marco para o turismo maranhense. Excelente iniciativa”, afirmou.
Vanessa Moreira , Agência de Notícias Maranhão
Reggae como produto turístico é discutido em seminário
Produtores, donos de radiolas, dançarinos, donos de bares, DJs, grupos de dança e pesquisadores se reuniram nesta quinta-feira (11), dia em que se celebra o Dia Nacional do Reggae, no "Seminário Reggae e Turismo", promovido pela Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Turismo (Setur) e pela Comissão Integrada do Reggae e Turismo (CIRT). A 9ª edição do evento teve como tema "Economia solidária e a cadeia produtiva do reggae de São Luís".Para a titular da Setur, Socorro Araújo, uma das criadoras da CIRT, o setor precisa discutir maneiras de se fortalecer cada vez mais. Ela conta que o reggae tem uma importância cultural e um potencial turístico muito forte, pois já é uma marca característica da cidade, que carrega o título de "Jamaica Brasileira".
"O reggae precisa de um trabalho continuado para que seja um produto turístico de qualidade. O seminário é o momento ideal para que possamos debater com o segmento os avanços já conseguidos nestes mais de 10 anos de Comissão Integrada do Reggae e Turismo e, claro, o que ainda precisamos melhorar", analisa a secretária.
Além formatar o reggae como produto turístico, no seminário também foram discutidas possíveis formas de trabalho solidário. Para isso, o diretor superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Maranhão (Sebrae-MA), João Martins, estimulou que a cadeia produtiva do reggae buscasse formas de captação de recursos para colocar em prática os diversos projetos que já existem na área.
Outro objetivo do seminário foi de desmistificar a ideia de que o reggae ludovicense é apenas dança e lazer, considerando também os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. Segundo Fábio Araújo, presidente da CIRT, o reggae é fonte geradora de emprego e renda. "Não somos regueiros guerreiros. Somos guerreiros regueiros. Quem faz o reggae se orgulha e corre atrás para que se tenha mais prestígio. Por isso, agradecemos muito o apoio da Setur, que sempre nos deu a mão", agradece.
A 9ª edição do evento teve também participação do deputado estadual Bira do Pindaré; do consultor-inteligência de mercado do Sebrae-MA, Jader de Oliveira Junior; da assessora técnica da União Nacional de Empreendimentos da Economia Solidária (Unisol), Mariana Nascimento; da professora e pesquisadora Thalisse Ramos; e da relações públicas da Secretaria de Estado do Trabalho e Economia Solidária (Setres).
Comissão
Criada e em plena atividade desde 2006, a CIRT de São Luís, vinculada a Setur, é a união de um grupo formado por membros eleitos representantes de vários segmentos da cadeia produtiva do reggae organizada envolvendo: bandas, cantores, DJs, grupos de dança, radiolas, equipes de vinil, bares, comunicadores, mídias alternativas, produtores, colecionadores, pesquisadores, artesãos, gastronomia, torcida organizada e outros.O grupo se reúne para discutir projetos culturais, sociais e educacionais, buscando melhorias e parcerias para todos que compõem e simpatizam com o "Movimento Reggae" confirmando-o como força de expressão cultural, fonte geradora de emprego e renda.
Agência São Luís de Notícias
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