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Panamá: Suzano é investigada por irregularidades

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Lava Jato se estende ao Panamá, com prisão de sócios da Mossack

A conexão do escritório de advocacia e holding de origem panamenha Mossack Fonseca com a Operação Lava Jato avançou mais um passo nesta quinta-feira (09), quando dois dos fundadores foram presos, após o desdobramento das 107 offshores ligadas a empresas e políticos citados na investigação brasileira.

No último ano, os documentos da Mossack tornados públicos no vazamento que ficou conhecido como Panamá Papers, por todo o mundo, mostrou que mais de cem das empresas que possivelmente alimentavam irregularidades em paraísos fiscais, com a remessa de recursos ao exterior de forma ilegal ou a lavagem de montantes, guardavam relação com a Lava Jato.

Entre elas, 16 offshores apontavam conexões com a Odebrecht e os grupos econômicos Mendes Júnior, Schahin, Queiroz Galvão, Feffer, do Grupo de Papel e Celulose Suzano, e Walter Faria, da Cervejaria Petrópolis. O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assim como o ex-deputado federal João Lira, do PTB, foram alguns dos políticos também arrolados.

Agora, os investigadores do Panamá realizaram buscas e apreensões nos escritórios da Mossack Fonseca do Brasil. A Procuradoria do país acusa os sócios Jürgen Mossack e Ramón Fonseca Mora de lavagem de dinheiro e foram levados à capital panamenha, detidos na Direção de Investigação Judicial da Polícia.

A informação foi divulgada por um dos advogados da Mossack, Elías Solano. No Brasil, os investigadores querem identificar se a organização criminosa se dedicava a ocultar ativos de origens suspeitas, com o objetivo de omitir evidências de envolvidos em atividades ilícitas relacionadas à Lava Jato, disse a procuradora Kenia Porcell.

Antes da prisão de Ramón Fonseca, o empresário acusou o presidente do país, Juan Carlos Varela, de receber doações da Odebrecht. "Para mim, o presidente Varela - que caia um raio sobre a minha cabeça se eu estiver mentindo - disse que havia aceitado doações da Odebrecht, porque não podia brigar com todo mundo", afirmou Fonseca.

Varela e o advogado da Mossack, Elias Solano, negam as irregularidades.

Jornal GGN
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