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Recebeu de graça, o leite que custa até R$200

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Após três meses do nascimento da pequena Isadora, de 1 ano e 10 meses [Foto destacada, Francisco Campos], a mãe Keila Serra, descobriu que a filha tem alergia alimentar. Após laudo médico do gastropediatra, ela foi inserida no ‘Programa do Leite Especial’, gerenciado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) que, em 2016, distribuiu 59.416 latas de leite. Dessas, 96 foram para a Isadora. Ao todo, foram investidos R$ 7.094.429,16.

Nesse mesmo ano, o Programa do Leite Especial realizou outros 8.534 atendimentos às crianças de até dois anos de idade com intolerância à proteína do leite de vaca e alergias alimentares (APLV). O investimento assegurou a assistência a crianças de 126 municípios do estado.

Há 1 ano e 7 meses recebendo o benefício, Keila acredita que a gestão estadual está sensibilizada com a necessidade das famílias que precisam do produto. “Temos visto que não tem faltado leite e acho que estão comprometidos por saber que muitas crianças dependem disso para sobreviver. Assim que foi diagnosticada a alergia da minha filha, conseguimos de imediato entrar no Programa”, contou a mãe.

Apenas da capital foram realizados 4.725 atendimentos e R$ 4.026.481,22 investidos na distribuição de 32.650 latas. Segundo o coordenador do Programa do Leite Especial, João Marcos Bezerra, para esse ano é esperado que o número de crianças beneficiadas aumente após novo investimento do Governo.

Em 2016, SES investiu mais de 7 milhões de reais para atender a crianças de 126 municípios maranhenses. Foto: Francisco Campos.

“A partir deste ano, o Programa do Leite Especial ganha mais investimento com a mudança do protocolo, a qual garantirá o fornecimento de mais uma fórmula de leite, aumentando a faixa etária assistida e conseguindo inserir mais famílias que precisam dessa assistência especializada”, garantiu o coordenador.

A principal dificuldade das famílias que têm caso de APLV são os preços das fórmulas especiais para alérgicos, que geralmente, passam os R$ 200 por lata. Todas as três fórmulas que podem ser fornecidas (a base de soja, extensamente hidrolisada e aminoácidos) estão disponíveis no estoque da Secretaria de Estado da Saúde, garantindo a assistência àqueles que não podem pagar pelo complemento alimentar.

Com o incremento da nova fórmula, ao todo serão seis tipos de leite disponíveis, contando com os que atualmente já eram oferecidos, sendo o Neocate LCP, Alergomed, Aminomed, Aptamil Soja 2, e Pregomin Pepti. A previsão é que a partir do mês de março já esteja disponível o Neocate Advance.

Avaliação médica e entrega dos leites
Por uma questão estratégica, a dispensação do complemento alimentar é feita no Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos, das 8h às 17h, de segunda à sexta-feira. “O armazenamento, o protocolo e a entrega dos leites são realizados no hospital para otimizar o acesso dos beneficiados. Muitos vêm do interior e já consultam na unidade. Concentramos a distribuição no mesmo local para evitar que eles precisem se deslocar mais uma vez e, assim, resolvam tudo no hospital”, explicou o coordenador do programa.

Aline Alves, mãe do Isaque Gabriel, de 1 e 7 meses, reside em Vitorino Freire. A partir dos dois meses de idade ele começou a fazer uso da fórmula especial e tornaram-se frequentes as vindas à capital. “Não temos do que reclamar em relação à assistência que recebemos. Meu filho faz acompanhamento regular com o gastropediatra e quando tem consulta, conseguimos ser atendidos no mesmo lugar, o que ajuda muito, já que não moramos em São Luís”, contou.

O benefício às crianças acontece após a consulta com o gastropediatra no Sistema Único de Saúde (SUS), realizadas na Maternidade Marly Sarney, no Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos ou no Hospital da Criança. Quando a intolerância é comprovada por meio de exames, o responsável pela criança é encaminhado à Secretaria de Estado da Saúde com a documentação necessária para dar entrada no Programa do Leite Especial. A criança receberá gratuitamente a quantidade prescrita pelo médico.

Mariana Dias, Agência de Notícias Maranhão
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