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A elite vai à Paulista

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A Justiça brasileira tornou-se tão política quanto os políticos.

Agora há pouco, no UOL, juízes e procuradores anunciam presença em protesto em apoio à Lava Jato em SP.

Direito, claro, têm, como qualquer cidadão.

Mas como podem ser vistos como imparciais quando se prestam a ir confraternizar com grupos que pregam, abertamente, a volta da ditadura?

Será que vão fazer também como aquele esquadrão que invadiu a Câmara e queria falar com um general?

Vão subir no carro de som dos Revoltados Online?

Diz um amigo e eu assino embaixo: perderam totalmente a noção de discrição que suas funções exigem.


Viraram um partido político, e um partido político adepto do autoritarismo, que despreza a Justiça ao ponto de leva-la para o palanque.

Tornou-se, como disse, tão política quanto os políticos: faz marketing, jogadas, manipula os sentimentos da população que, com toda a razão, não quer a corrupção mas – por falta de quem diga a verdade – não entende que não é isso o que nos está levando ao derretimento do Brasil e das conquistas sociais.

O que, aliás, do alto de seus gordos contracheques, pouco os interessa.

O que querem é, como disse o lúcido procurador Eugênio Aragão, o “puder”.

E, talvez, nos fazer experimentar a verdade da frase de Rui Barbosa: a pior ditadura é a ditadura da toga.

Fernando Brito, Tijolaço
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