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Surge um novo Josef Mengele no Brasil

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Sindicato aprova ato de médica que se recusou a atender bebê por mãe ser petista


Como disse o meu velho professor Nilson Lage, tome um remédio para que seu estômago não embrulhe com esta notícia do Diário Gaúcho, do grupo RBS:

A pediatra que se negou atender uma criança de um ano e um mês, na Capital, porque o menino é filho de uma militante do Partido dos Trabalhadores (PT) teve o comportamento aprovado pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). Em entrevista ao Diário Gaúcho, o presidente da entidade, Paulo de Argollo Mendes, defendeu a profissional:

— Ela tem a nossa admiração — disse Paulo de Argollo, em entrevista ao Diário Gaúcho.

O caso ganhou repercussão na semana passada quando Ariane Leitão, vereadora suplente na Capital e secretária de Políticas para as Mulheres do Rio Grande do Sul durante a gestão Tarso Genro, publicou uma mensagem que teria sido enviada pela pediatra Maria Dolores Bressan.

No texto, a média explica: “…Tu e teu esposo fazem parte do Partido dos Trabalhadores (ele do Psol) e depois de todos os acontecimentos da semana e culminando com o de ontem, onde houve escárnio e deboche do Lula ao vivo e a cores, para todos verem (representante maior do teu partido), eu estou sem a mínima condição de ser Pediatra do teu filho”.

Procurada pelo Diário Gaúcho, Maria Dolores preferiu não se manifestar.

– Declarações sobre o caso serão dadas pelo Sindicato Médico — limitou-se a dizer a médica.

Ariane denunciou Maria Dolores ao Conselho Regional de Medicina (Cremers). A médica tem 15 dias para apresentar defesa após notificação.

A seguir, trechos da entrevista do presidente do Simers:

Diário Gaúcho – Como que o sindicato vê a atitude da médica?
Paulo de Argollo Mendes – É absolutamente ética. O código de ética médico tem um artigo que estabelece como deve se dar a relação entre médico e paciente. Tem coisas muito claras. Por exemplo, se é uma urgência ou se tu és o único médico da cidade, tu atendes e ponto. Não tem condicionais, é a tua obrigação. Tu não és o único médico da cidade e o paciente tem a possibilidade de escolher outros profissionais, daí tu tens que ser honesto, tem que ser leal com o teu paciente. Se tem alguma coisa que te incomoda e que tu achas que vai prejudicar a tua relação com o teu paciente, se tu não vais se sentir confortável, se não vai ser prazeroso para ti atender aquela pessoa, tu deves dizer para ela francamente: olha, prefiro que tu procures um colega. (…)

Isso não é comum?
Não. Eu acho que, às vezes, o médico evita de ser muito direto. Acho que essa médica foi extremamente honesta. (…)

Ela demostra arrependimento?
Não. Não tem porque se arrepender. Ela tem que se orgulhar disso. Tem que se orgulhar de ter cumprido o código de ética, ter sido clara, honesta.

A um médico como este, só se por dizer: Senhor, o senhor é um doente. Tomou tantas doses de ódio que consegue aprovar e apoiar a discriminação de uma criança de um ano apenas porque não gosta das ideias da mãe. Quantas doses mais para achar que pode recusar uma criança por que sua mãe é negra, ou pobre, ou índia?

O senhor pode ter um diploma de médico, mas não tem a alma de um.

Talvez devesse voltar no tempo e conversar com aquele seu colega alemão, o Mengele, o senhor conhece?

Fernando Brito, Tijolaço
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