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Luiz PedroO episódio de reatamento diplomático entre Cuba e Estados Unidos tem um subproduto curioso e carregado de forte conteúdo humano. Falo da libertação dos últimos componentes de Los Cinco.
O caso foi abordado pelo jornalista, escritor e ex-deputado paulista Fernando Morais em seu livro Os últimos soldados da Guerra Fria. Trata-se da história de cinco cubanos, que foram enviados aos Estados Unidos como se fossem fugitivos do regime cubano, para monitorar o movimento anticastrista.
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Ao invés de fazer isso, o governo ianque pôs a Polícia Federal (FBI) à caça dos cinco, que acabaram presos, julgados e condenados como espiões, dois dos quais à prisão perpétua. Os cubanos jamais haviam feito qualquer ato de espionagem contra os Estados Unidos, mas isso não foi levado em conta por seus julgadores.
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Os cinco, que eram considerados traidores de Cuba até mesmo por seus familiares mais próximos (que desconheciam sua missão), foram imediatamente alçados à condição de heróis. Sua condenação foi criticada por democratas do mundo inteiro e condenada pela Anistia Internacional, órgão de defesa dos direitos humanos de reconhecimento mundial.
Três dos cinco cubanos permaneciam presos até agora. O anúncio do reatamento diplomático veio acompanhado da libertação destes últimos remanescentes.
Nota do editor da Aldeia: Luiz Pedro, do PCdoB, é ex-deputado estadual pelo Maranhão, ex-chefe de gabinete do governo do Estado e ex-secretário de Comunicação Social da Prefeitura de São Luís..
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