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Dilma convida Joaquim Levy para a Fazenda

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Jornal de Floripa

Florianópolis, SC. A presidente Dilma Rousseff anunciaria nesta sexta-feira (21) Joaquim Levy como novo ministro da Fazenda e Nelson Barbosa como titular do Planejamento.

Ambos já integraram a equipe econômica no primeiro governo. Dilma havia definido, ainda, a permanência de Alexandre Tombini no Banco Central.

Levy, que já foi secretário do Tesouro, hoje é diretor-superintendente da Bradesco Asset Management. Barbosa, ex-secretário-executivo da Fazenda, atua como professor da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).

Joaquim Levy
Joaquim Levy (E) irá assumir Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa será titular do Planejamento
No fim da tarde, porém, a Secretaria de Comunicação da Presidência informou que os anúncios não ocorrerão hoje. A expectativa era que os nomes fossem confirmados após o fechamento da Bolsa —o Ibovespa subiu 5,02%, a maior alta diária desde 9 de agosto de 2011.

A Folha apurou que os convites foram feitos pela presidente na quinta-feira, em São Paulo, e aceitos. A ida de Levy para a Fazenda teve o aval do Bradesco e de Luiz Trabuco, primeira opção de Dilma para a Fazenda, mas que recusou o convite para atender a um pedido do presidente do Conselho de Administração do banco, Lázaro Brandão, que tem planos de que o executivo o suceda.

Levy teve atritos com Dilma quando foi auxiliar de Antonio Palocci, mas a presidente fez o convite depois de ouvir ponderações do ex-presidente Lula e de Trabuco.

Depois que a composição da equipe econômica vazou, primeiramente na Folha e depois nos demais jornais e portais de notícias, no entanto, houve reações de setores do PT e do governo. Um dos principais conselheiros de Dilma na montagem do governo, Aloizio Mercadante (Casa Civil) é um dos que manifestam dúvida sobre a nomeação de Levy para a Fazenda.

Pessoas próximas a Mercadante disseram que o executivo do Bradesco seria próximo do PSDB e de Armínio Fraga, que seria o titular da Fazenda num governo de Aécio Neves, derrotado por Dilma.

O preferido de Mercadante para a Fazenda é Alexandre Tombini.

Com o adiamento, setores do governo dizem que Dilma poderia tentar inverter as posições da equipe econômica, dando a Fazenda a Alexandre Tombini e designando Levy para o Banco Central.

Pessoas próximas a Levy, no entanto, dizem que ele dificilmente deixaria sua posição no Bradesco se não fosse para comandar a economia. Da mesma forma, o nome de Tombini é considerado de baixa densidade num momento em que a economia patina e o governo precisa emitir sinais de força para o mercado. "Seria transformar o Ministério da Fazenda de uma vez em uma secretaria", opinou um integrante do governo.

Demais nomeações

Senador pelo PTB e candidato derrotado ao governo de Pernambuco, Armando Monteiro, por sua vez, assumirá o Ministério do Desenvolvimento e Indústria, segundo a Folha apurou.

Dilma também convidou a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura.

Nota do editor da Aldeia: Na quinta-feira, 20, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco recusou o convite de Dilma Rousseff para assumir o controle do Ministério da Fazenda. Nada mal para quem acusava a presiciável Marina Silva de pretender entregar a economia para os bancos porque a candidata tinha a proposta de autonomia do Banco Central.
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