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Mateus Leitão
O número de brasileiros em condição de extrema pobreza subiu em 2013 pela primeira vez em dez anos, de acordo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Os dados estão expostos no banco de dados e foram tornados públicos nesta quarta-feira (5). Mas o que significa isso? Primeiro, a linha que o governo usa para definir extremamente pobre é quem tem renda de R$ 70 por mês per capita. Uma família de quatro pessoas que tem uma renda familiar de R$ 280 está nesta lista. Se a renda for de R$ 300, 350, a família não é mais miserável, mas está na categoria dos pobres. Isso dá uma ideia de que essas linhas são meio artificiais. Mas o importante significado é a data do anúncio. Ela não foi dada antes para não prejudicar a campanha eleitoral.
Os miseráveis no Brasil cresceram de 10,08 milhões, em 2012, para 10,45 milhões no ano passado. A última vez que esse movimento de crescimento havia acontecido foi em 2003.
Após uma década de queda da miséria, o PT amarga um resultado que vai contra uma de suas principais bandeiras como governo: o combate a pobreza através de programas sociais.
Durante as eleições, o jornalista Gerson Camarotti noticiou em seu blog que o Ipea decidiu segurar os dados sobre pobreza e desigualdade até o fim do período eleitoral.
De acordo com o Ipea, o cálculo para analisar a queda ou o aumento da miséria tem como base as necessidades calóricas de uma pessoa com renda insuficiente para consumir os alimentos necessários. Em outras palavras: que passa fome.
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