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Terra
São Paulo, SP. As homenagens ao ex-candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, e as promessas de mudar o que está ruim ou o que “precisa melhorar” marcaram nesta terça-feira o início do horário eleitoral dos presidenciáveis na televisão.
As homenagens foram feitas pelas campanhas do PSB, que usou imagens de Campos nas campanhas de 2006 e 2010 ao governo de Pernambuco, do PT da candidata à reeleição Dilma Rousseff, do PSDB de Aécio Neves, do PSDC de José Maria Eymael e do PV de Eduardo Jorge.
A campanha do PSB, que abre a propaganda, conforme a ordem definida em sorteio pela Justiça Eleitoral, não exibiu imagens que remetessem diretamente ao acidente aéreo que vitimou, há uma semana, o então candidato e seis integrantes de sua equipe de campanha, entre os quais, o piloto da aeronave. Em vez disso, as fotos deles foram mostradas como forma de homenagem. Imagens de Marina ao lado de Campos também estiveram presentes –a ex-senadora deve ser oficializada amanhã como substituta do pessebista.
A campanha tucana começou com depoimento de Aécio sobre o colega morto – o candidato fez questão de destacar que ambos são netos de ex-militantes das Diretas Já: Campos, neto do ex-governador Miguel Arraes, e Aécio, neto do ex-presidente Tancredo Neves.
O restante da propaganda do PSDB focou nos ataques ao governo Dilma e à situação atual do País, classificada como “pior que há quatro anos”. Críticas ao aumento da inflação e aos rumos de uma “economia que parou de crescer”, bem como aos “empregos (, que) começam a desparecer” também deram o tom ao horário político do partido. “As pessoas perderam a confiança na capacidade desse governo fazer o Brasil avançar”, afirmou Aécio, no programa.
Já a campanha petista, dona do maior tempo no horário eleitoral, com 11min24s – contra 4min35s do PSDB e 2min03s do PSB, por exemplo –, citou obras e programas do governo federal como o Minha Casa, Minha Vida, o Pronatec e o Mais Médicos e exibiu Dilma em selfies de agendas de governo ou como uma pessoa comum, “que acorda cedo”, em conversa descontraída, fora do ambiente palaciano, com a candidata afirmando que, como presidente, “não pode se abater por uma dificuldade; todo dia tem que matar um leão que subiu e desceu um (Monte) Everest”.
Ações como a política de valorização do salário mínimo e a crítica aos “pessimistas” que criticam o governo também marcaram a propaganda petista, a exemplo do que já é feito nas agendas públicas do partido e da presidente.
Padrinho político de Dilma, sua ex-ministra, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu em dois momentos do programa: primeiro, pediu o voto na correligionária lembrando que ele próprio, quando foi reeleito em 2006, não tinha o eleitor “100% satisfeito” com seu governo. “Ninguém se arrependeu”, disse Lula, segundo qual “o segundo mandato (dele) foi muito melhor que o primeiro”.
Lula também encerrou o programa ao homenagear Campos: disse que sente “uma dor imensa por sua perda” e defendeu que “sua luta sempre foi e continuará sendo a nossa: jamais desistir do Brasil”, encerrou, citando o bordão que era usado pelo ex-governador em sua campanha.
PSDC, PSC, PCO, PSOL e PSTU
Campos ainda foi citado no programa de Eymael como “um líder a ser seguido” e, no do PV, como “jovem líder nordestino que morreu tragicamente em acidente aéreo”.O programa de Rui Costa Pimenta, do PCO, atacou as ações do governo em relação ao direito de greve dos trabalhadores, o do PSC do candidato Pastor Everaldo teve o pastor Silas Malafaia o apresentando, mais as promessas de “cortar na carne” os gastos públicos, e o do PSOL, de Luciana Genro, com imagens das manifestações de rua de 2013 e 2014 por mudanças no País. “O povo acordou”, afirmou o programa da gaúcha.
Hoje teve também a estreia dos candidatos a deputado federal. Nesta quarta, é a vez dos candidatos a governo, deputado estadual e Senado. O horário eleitoral segue até 2 de outubro –três dias antes do primeiro turno.
As greves e as manifestações também foram lembradas pelo PSTU, que criticou políticos antigos e mostrou tanto Dilma quanto Marina Silva ao lado do senador José Sarney (PMDB-AP).
Nota do editor da Aldeia: Compare o horário eleitoral gratuito do Rio de Janeiro com o do seu estado. A cada dia vamos reproduzir um estado brasileiro. Compare também com outro de tipo de guia eleitoral, para lá de inusitado...
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