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Eduardo Campos: economia sem o direitismo de Lula ou o esquerdismo de Dilma

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Pré-candidato à Presidência pelo PSB, governador de Pernambuco pretende repetir o que Lula fez em 2002, quando assumiu diversos compromissos relacionados à economia, e anunciar, no início de sua campanha, propostas "claras" de como conduzirá o setor; "Queremos deixar muito claro qual é a nossa visão sobre a economia e o futuro do Brasil", afirma Eduardo Campos, que faz, dia sim, dia não, críticas à gestão econômica da presidente Dilma Rousseff; segundo ele, um ajuste fiscal em 2015 será inevitável; "Vai ter de ser duro para resgatar a confiança [do mercado]", diz; Carta lançada pelo ex-presidente Lula teve a intenção de diminuir as desconfianças do mercado em relação ao PT

247

Brasília, DF. Numa estratégia similar à do ex-presidente Lula em 2002, o governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, pretende lançar propostas "claras" sobre como pretende conduzir a economia caso seja eleito em 2014. Sua espécie de "Carta ao Povo Brasileiro", nome dado à relação de intenções do ex-presidente petista, deverá ser lançada no início de sua campanha, no ano que vem.

"Queremos deixar muito claro qual é a nossa visão sobre a economia e o futuro do Brasil", explica Eduardo Campos, que se coloca à esquerda de Lula, mas à direita da presidente Dilma Rousseff, e faz críticas quase diárias à atual gestão econômica do País. No início da semana passada, ele definiu como "medíocre" o crescimento econômico brasileiro e fez críticas ao leilão do Campo de Libra, além de bater pontualmente em modelos como o estímulo ao consumo e as desonerações tributárias, adotados atualmente.

Principais pontos

Para Campos, formado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco, algo inevitável para o governante que vencer as eleições presidenciáveis será um duro ajuste fiscal na política econômica em 2015, "um ano difícil", conforme prevê o pré-candidato. O governador pretende propor algo na linha da recuperação do mercado financeiro. "Vai ter de ser duro para resgatar a confiança. O que conta é a previsibilidade, sem maquiagens", afirmou a aliados na semana passada, já com novas críticas à atual economia.

O socialista também defende metas de longo prazo para o superávit primeiro, além do rígido cumprimento da meta fixada pelo governo federal. Uma defesa recente de sua mais nova aliada, a ex-senadora Marina Silva, certamente definida com Campos, foi a defesa do tripé macroecononômico criado no governo tucano de FHC: superávit primário, meta de inflação e câmbio flutuante.

Apoio de empresários

Campos tem definido seu plano para a política econômica, esboçado com aliados, como um "choque de responsabilidade" na economia a partir de 2015. Para conseguir apoio, ele conta com os empresários já bem relacionados com Marina Silva, que o aproximará do grupo. Apesar de provavelmente apresentar a proposta apenas em 2014, suas visitas a esses executivos já começou, com o objetivo de coletar críticas a Dilma e mostrar-lhes sua visão econômica.

A "Carta", segundo Campos, prevê respeitar as principais conquistas dos governos anteriores, como a estabilidade econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a inclusão social de Lula, sempre se colocando, porém, como uma alternativa ao que está aí. "Um novo ciclo se inicia, uma nova agenda. Não podemos colocar em risco a democracia, a estabilidade ou a inclusão. Quem pode fazer isso? Quem tem a visão equilibrada? É isso que queremos oferecer ao debate", diz ele.

Notas do editor da Aldeia:
a) A campanha de Eduardo Campos começa a fazer estragos. Apaixonados por Aécio e por Dilma de forma alguma querem uma terceira via, uma alternativa para o País. Vejam o que ambos comentaram no Brasil 247. Perceba a falta de crítica às propostas apresentadas pelo socialista: E a vontade de voltarmos ao feudalismo com a eterna relação de suserano e vassalo.

Francisco 27.10.2013 às 11:11
É o Dudu Traíra em ação. Desde 07:15 como manchete do 247, quase 4 horas (até aqui), toda a manhã de domingo. Fala prá nós, Attuch: quanto foi a fatura? Quem pagou? O Itaú, a Natura, ou o povo de Pernambuco?

André Costa 27.10.2013 às 10:56
VEM AÍ, MAIS UMA CARTA COMUNISTA SANGUINÁRIA!

b) O título se refere-se a 'Esquerdismo, doença infantil do comunismo', de Lênin.

c) O título original é "Eduardo Campos fará sua Carta ao Povo Brasileiro".

d) Reveja a Carta de Lula, de junho de 2002, em arquivo PDF, aqui.
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