-->

Polícia carioca tenta reprimir baile e até culto evangélico, populares reagem com pedradas no Morro do Turano

Publicidade
por Waleska Borges

Três policiais ficaram feridos e 13 pessoas foram detidas durante uma confusão no Morro do Turano, no Rio Comprido, no fim da noite deste domingo.

De acordo com o supervisor das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), tenente Eduardo Souza, os policiais foram até a quadra no alto da comunidade, na localidade conhecida como Raia, por volta das 23h30m, para acabar com um baile que ocorria no local.

Os frequentadores da festa reagiram a ordem dos policiais que foram agredidos com pedradas, pedaços de pau, latas de bebidas e coquetel molotov. Conforme os policiais, os moradores não tinham autorização para promover o baile. Durante o domingo, os moradores fizeram uma festa dos Dia dos Pais na quadra.

- Cerca de 10 policiais da UPP foram até a quadra pedir para o baile acabar. Só que 40 minutos depois de conversa, os moradores não concordaram em acabar com o baile. Eles começaram a agredir os policiais da UPP com pedradas, pedaços de pau, latas, coquetel molotov.

O BPChoque foi chamado e voltamos a quadra com mais cerca de 20 policiais. A população reagiu mais uma vez. Para nossa defesa, atiramos com munição não letal (balas de borracha) - contou o tenente Eduardo.

Os policiais feridos por pedradas foram encaminhados para exame de corpo delito no Instituto Médico Legal. Já os detidos - a maioria menores - levados para 18ª DP (Praça da Bandeira) onde o caso foi registrado. Eles foram acusados pelos policiais de agressão.

Presidente da Associação de Moradores do Morro do Turano, Gilson Rodrigues, disse que a população está revoltada porque os bailes na comunidades estão proibidos ultrapassar das 22h.

- Há cerca de um mês fiz uma solicitação ao comandante das UPPs, coronel Robson Rodrigues, que liberasse o horário do baile pelo menos as sextas-feiras e aos sábados depois das 22h. Desde a implantação da UPP, a população está vivendo oprimida. O lazer não está liberado. Se a comunidade está pacificada porque não pode ocorrer o baile? - questionou Gilson dizendo que os policiais lançaram gás de pimenta e deram tiros de borracha para impedir o baile na noite deste domingo: - Até o culto evangélico já foi proibido pelos policiais depois da chegada da UPP, mas essa situação conseguimos resolver.

Fonte: Extra Online
Advertisemen