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Casas do PAC entregues pela
Prefeitura ameaçam desabar

“Estou preocupada porque tem algumas ruas aqui que não foram incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, e essas ruas estão intrafegáveis e os moradores revoltados. Temos 24 casas feitas pelo projeto e entregues pelo prefeito de Imperatriz, serviço de péssima qualidade, fossas estourando e falta d’água tanto no Parque Amazonas como nas 24 casas do PAC”, afirma Francisca Dominice, fiscal do PAC no Parque Amazonas

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Imperatriz já recebeu R$ 26 milhões, pelo menos até um mês atrás quando acompanhou esses números. A fiscal prepara um abaixo assinado que deverá ser levado à Defensoria Pública de Imperatriz solicitando o acompanhamento dos trabalhos executados pelo PAC e intervenção para que as ruas citadas acima sejam incluídas.

“Se realmente o PAC não tiver como incluir essas ruas, então o prefeito de Imperatriz tem que se pronunciar e cumprir com suas obrigações para dar uma qualidade de vida melhor para as pessoas. Aqui na nossa periferia o sofrimento desse povo é grande demais. Quero responsabilizar o município para trazer a rede de esgoto e asfaltamento dessas ruas”, declara Francisca Dominice.

Nossa reportagem visitou o Conjunto Jurivê de Macedo, formado pelas 24 casas construídas pelo PAC e entregues pela prefeitura de Imperatriz há pouco mais de um ano para beneficiar famílias cadastrados do Parque Amazonas. A primeira pessoa que encontramos foi o morador José da Silva Costa, que foi logo reclamando: “quando entregaram essas casas já não tinha água, mas disseram que no outro dia o problema já estaria resolvido, e até hoje, nada.”

A reclamação também é feita pela dona de casa Marlene da Silva Sousa. Encontramos a mulher de 55 anos carregando uma lata d’água na cabeça, sacrifício de mais de quarteirão. “Faço isso quatros vezes pela manhã e a tarde mais quatro viagens”.

Minha Casa Minha Vida em Imperatriz-MA

Piso do banheiro desta casa apresenta defeitos
A moradora da Rua Projetada revela que para lavar roupas é preciso se deslocar até a casa da filha dela, que mora no bairro Mutirão. Na residência de dona Marlene, encontramos na sala vários baldes e tambores que servem como reservatórios. “Se a gente quiser pegar água em casa tem de esperar até uma hora, duas horas da manhã. Antes de vir pra cá eu morava no Parque Amazonas, casinha de madeira, mas lá tinha água.”.

Para completar, o piso do banheiro da casa dela está quebrado e afundando. Na casa de dona Maria José, rachaduras nas paredes denunciam a péssima qualidade do serviço. Pelo lado de fora já é possível observar uma fenda que acompanha a parede até a parte de baixo e por toda a extensão da calçada.

Na busca por respostas, nossa reportagem encontrou mais problemas. Por telefone, educadamente, a coordenadora geral do Programa Técnico Social do PAC, Tamyres Pereira Fernandes, falou que a empresa responsável pela construção do conjunto já foi informada e havia anunciado uma revisão nas casas prejudicadas.

Sobre a falta d’água, segundo ela, só o engenheiro Demóstenes, da Secretaria de Infraestrutura, poderia responder. Quando falamos com o engenheiro, ele disse que não estava autorizado a dar entrevista e nos passou para o coordenador da Unidade Executiva Local do PAC, Dr. Chagas. O coordenador disse que a água é de responsabilidade da Caema e não soube dizer quando as vistorias começam e que Demóstenes é quem poderia nos responder. Informado sobre os deslizes da comunicação, Dr. Chagas disse que iria procurar a Caema sobre a questão da água e que depois nos daria uma reposta.

Francisca Dominice, autora das denúncias
As ruas intrafegáveis no Parque Amazonas citadas por Francisca Dominices são: Rio Solimões, Juruá, Boa Vista, Maitá e Amazonas. Segundo ela, do total de R$ 46 milhões destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento.
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