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Dono da Comprêmio reaparece, presta depoimento e é liberado

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Deu no Correio Popular

Danilo Santana Fernandes esteve ontem prestando depoimento no 4º Distrito Policial. Ele chegou por volta das 14 horas acompanhado de seu advogado Hildenberg Cavalcante e um segurança. O depoimento aconteceu no gabinete do Delegado Fairlano Aires Azevedo, e durou mais de três horas.

O advogado disse que Danilo não iria falar com a imprensa ontem, e se comprometeu em marcar uma coletiva, para outro dia.

Apesar de somente a imprensa ter ficado sabendo que Danilo iria prestar depoimento ontem à tarde, uma dezena de clientes da Comprêmio foram para a porta da Delegacia, ao lado do Quartel da Polícia Militar, e ficaram todo o tempo aguardando a saída do empresário responsável pelo maior calote já patrocinado na região por uma empresa do ramo de consórcio de veículos e eletrodomésticos e de compras premiadas.

Danilo preferiu o silêncio diante das perguntas da imprensa
Danilo deixou a delegacia da mesma forma que chegou: calado, cabisbaixo. A única diferença foram as retaliações que ouviu de algumas vítimas do golpe financeiro que protagonizou.

Princípio de tumulto
Sempre protegido por um segurança, que o levou até o Pálio vermelho placa NIB- 1947, Danilo Fernandes nem precisou reagir a um principio de tumulto. As provocações de um das centenas de clientes lesados foram respondidas pelo advogado Hildenberg, que ameaçou registrar o incidente como ocorrência policial. O que se ouviu naquele momento foi um cliente perguntar, em voz alta:

- Danilo, lembra de mim? Lembra que tu ia na minha chácara…? Tu vai me pagar…

O advogado perguntou se tratava-se de uma ameaça de morte e foi respondido:

- Não, o Danilo me conhece, queria até comprar minha chácara… ele está me devendo e tem que me pagar…

Depoimento
Sobre o depoimento de Danilo, o Delegado Fairlando disse que o empresário reafirmou que vendeu a empresa em outubro do ano passado, pelo valor de R$ 350.000,00, supostamente a um grupo.

Danilo, segundo a autoridade policial, teria apresentado um contrato de venda da empresa para Valcir Carmo dos Santos e Raimundo Alencar Mateus.

A Polícia Civil vai fazer buscas sobre a autenticidade da conta corrente cujas cópias de quatro cheques foram apresentadas por Danilo e advogado.

Buscas
O Delegado Regional Francisco de Assis Ramos informou que as investigações serão aceleradas para que seja cumprida a previsão de encerramento do inquérito policial em 30 dias.

Apesar da greve dos delegados, o titular da DRS disse que está estudando com colegas a melhor forma para ouvir todos os clientes lesados que desejem registrar ocorrência.

Como o caso caracteriza inclusive crime contra a economia popular, não está descartada a possibilidade da solicitação de penhora de bens do empresário, proprietário de seis automóveis, alguns de valor individual igual ou maior que o prejuízo de 45 mil reais herdados por um microempresário imperatrizense.

Há informações também sobre a inexistência do endereço que Danilo Fernandes teria mencionado como sede da empresa ou pessoas para as quais teria vendido a Comprêmio.

Um jornalista disse que, ao tentar aproximar-se do valor dos prejuízos causados por Danilo em Imperatriz, os cálculos foram interrompidos acima da cifra de 2 milhões de reais.
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