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Dilma nega saída de Wagner Rossi

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por Laryssa Borges

A presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a manifestar nesta segunda-feira confiança no ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), e disse que, mesmo diante das denúncias de irregularidades envolvendo entidades subordinadas à pasta, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ele permanece no governo.

"O governo não tem nenhuma razão para ter qualquer questão em relação ao ministro Wagner Rossi. Não é ele quem está em questão. Ele tomou já as medidas. Tão logo estamos sem sobra de dúvida reiterando a confiança no Wagner Rossi", garantiu Dilma após receber, em Brasília, o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper.

No fim de semana, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, pediu demissão após a publicação de uma reportagem da revista Veja, que afirma que o número dois da pasta tinha relações com um lobista que atuaria dentro do ministério. Na última semana, blindado por aliados, que acompanharam todo o depoimento que prestou à Câmara dos Deputados, o ministro da Agricultura havia negado outra denúncia, a de que existiria um esquema de corrupção na Conab.

Na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, onde compareceu antes da votação de um pedido para que fosse convocado, ele atribuiu as denúncias ao "destempero" de um ex-funcionário "realmente ressentido". De acordo com outra reportagem da revista Veja, o ex-diretor financeiro da Conab Oscar Jucá Neto acusa a entidade subordinada ao Ministério da Agricultura de dilapidar o patrimônio público por meio de operações imobiliárias fraudulentas com o objetivo, entre outros, de repassar aos padrinhos políticos dos diretores terrenos a preços abaixo do valor de mercado.

Conforme o denunciante, empresas de amigos e financiadores de campanha eram os favorecidos, e o caso teria aval do ministro Wagner Rossi. "Ali só tem bandido", resumiu Jucá Neto, de acordo com a revista. Ele é irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e foi demitido por ter mandado pagar uma dívida judicial a uma empresa que, no passado, havia sido ligada à família Jucá e que hoje está em nome de um pedreiro.

Fonte: Portal Terra

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