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Corpo de juíza fuzilada em Niterói é sepultado

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A juíza Patrícia Lourival Acioli, assassinada na madrugada desta sexta-feira (12) a tiros em Niterói (RJ), dispensou escolta há três anos, após se casar com um policial militar carioca, o cabo Marcelo Poubel.

A informação é do presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Nelson Calendra, que tem como um dos focos de sua gestão na associação na segurança dos juízes e sabia das ameaças à juíza Patrícia Acioli.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a segurança da juíza foi retirada em 2007, apesar de ela ter recebido pelo menos quatro ameaças graves nos últimos cinco anos.

Cabo PM Marcelo Poubel no enterro da juíza Patrícia Lourival
Quando era defensora pública na Baixada Fluminense, a juíza já tinha sofrido um atentado. Mesmo assim, andava sem escolta e com carro que não era blindado.

Sepultamento
O corpo da juíza Patrícia Acioli, assassinada na noite de quinta-feira na porta de sua casa, foi sepultado na tarde desta sexta-feira no cemitério Marui Grande, em Niterói (RJ). Amigos da vítima e colegas de trabalho foram ao cemitério prestar solidariedade à família.

Segundo o delegado da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore, Patrícia foi atingida por 21 tiros, a maioria na cabeça e no tórax. "Ela foi executada em uma emboscada", disse Ettore. O delegado também afirmou que a hipótese de crime passional já está praticamente descartada.

Companheiro de Patrícia, o policial militar Marcelo Poubel prestou depoimento durante mais de seis horas na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. De acordo com os policiais, até a tarde desta sexta-feira, mais de dez pessoas haviam sido ouvidas, entre familiares e vizinhos.

"Lista negra"
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

Fontes: Portal R7 e Terra Brasil
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