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Celso Amorim é o homem certo no lugar certo, diz presidenta Dilma Rousseff

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Na tarde desta segunda (8), o novo ministro da Defesa, Celso Amorim, tomou posse no salão nobre do Palácio do Planalto em Brasília e afirmou que priorizará a proteção das fronteiras e dos recursos nacionais do Brasil, como o pré-sal. Também prometeu dar continuidade ao processo de modernização das Forças Armadas Brasileiras, mantendo o "espírito crítico".

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, não pôde comparecer à cerimônia, mas elogiou Dilma pela escolha: "O Celso Amorim foi o grande artífice da política externa brasileira, conseguiu colocar o país em um novo patamar no cenário mundial. É o nome mais indicado para esse ministério, tem uma postura progressista e consegue visualizar o real papel da defesa na construção da nação que o Brasil pode se tornar"

Amorim, no discurso de posse, também elogiou Dilma e aproveitou para agradecer a oportunidade de fazer parte do que identificou como “novo Brasil”. Prometeu atenção com os direitos humanos, sem descuidar da defesa dos interesses nacionais.

“Um país pacífico não pode ser confundido com um país desarmado”, ressaltou. Observou que, no entanto, "há um descompasso entre a crescente influência internacional brasileira e nossa capacidade de resguardá-la no plano da defesa".

Para contornar esse impasse, afirmou que trabalhará em coordenação com os ministérios do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia, além de se empenhar "em conseguir os recursos indispensáveis para obter os equipamentos adequados às Forças Armadas".

O novo ministro afirmou ainda que pretende intensificar a cooperação entre países sul-americanos e o relacionamento de defesa dos países africanos.

Em paz com as Forças Armadas
Fez questão de destacar o papel do serviço militar como instrumento de ascensão social, afirmando que as Forças Armadas devem, cada vez mais, refletir as características do povo brasileiro. E elogiou a instituição: "O panorama de defesa nacional é qualitativamente distinto" do cenário durante o processo de redemocratização. Acrescentou: “Identifico nos militares valores dignos de admiração”.

A presidente Dilma Rousseff enalteceu as qualidades do novo ministro, em um nítido esforço de contemporizar a suposta insatisfação gerada nos meios militares pela escolha de Celso Amorim para substituir o demissionário Nelson Jobim.

“Mudanças importantes sempre provocam tensão, mas requerem cuidado, elas cobram sensatez e exigem escolhas bem refletidas”, disse Dilma ainda na abertura de seu discurso.

Explicou a escolha: “Eu convoquei o Amorim porque tenho a convicção de que ele é o homem certo no lugar certo”. Acrescentou que o novo ministro “tem qualidades pessoais que o aproximam muito dos senhores militares de longa formação”, disse, destacando características como cultura e preparo técnico, moderação em manifestações públicas, método na atividade como homem público e, sobretudo, disciplina e o respeito à hierarquia.

Os desafios do Ministério da Defesa
Dilma foi eloqüente quando definiu o posicionamento do novo ministro no atual contexto da defesa no país: “Celso Amorim é um patriota, um homem talhado para essa fase do Brasil, que é um País de cabeça erguida, consciente da sua soberania”, disse.

A presidente afirmou ainda ter certeza de que Amorim ajudará o Ministério da Defesa a vencer seus maiores desafios, tanto os mais urgentes quanto os mais estratégicos. “A experiência de Amorim será valiosa para o Ministério da Defesa. O Brasil enfrentará importantes questões que envolvem diretamente as nossas Forças Armadas. Há acordos bilaterais em andamento, há negociações para compra de armamento e aquisição de tecnologia bélica, além da inadiável exigência de proteção e controle de nossas fronteiras terrestres e nosso mar territorial”.

Ao concluir seu discurso, Dilma disse que o “partido do Ministério da Defesa é a pátria” e que a ideologia do ministério da Defesa “é a da submissão aos interesses nacionais”. “Trocas de comando fazem parte da rotina, desde que se troque o comandante, mas não se deixe de fazer o que precisa ser feito”, observou.

Fonte: Portal Vermelho - Agências
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