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Sim, Imperatriz-MA e todas as cidades podem!

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Na blogosfera de Imperatriz, o assunto principal é candidaturas a prefeito da cidade. Nas esquinas, também!

Faço um apelo aqui aos blogueiros da cidade para invertermos a ordem.
Ou seja, discutir projeto de cidade agora e nomes depois.

Por exemplo, Isnande Barros tem projeto para o esporte. Outro exemplo, Samuka para o software livre, Mais um, Carlos Leen tem para a cultura.

Eu tenho o meu. Acabar com o analfabetismo em quatro anos. O governo Jackson Lago iniciou experiência piloto em parceria com o MST.

O nome do projeto é Sim, Eu Posso, tradução de Yo sí, puedo!

A notícia abaixo é do sítio da Prefeitura de João Pessoa-PB.

PMJP lança programa cubano Sim, Eu Posso de alfabetização
No início de março, duas escolas da rede municipal de ensino passarão a oferecer à jovens e adultos, a partir dos 20 anos de idade, o programa de alfabetização cubano "Sim, Eu Posso". A meta da Prefeitura de João Pessoa (PMJP) é erradicar o analfabetismo funcional e aumentar as possibilidades individuais, aliados ao protagonismo educativo e ao compromisso humanitário. O programa será lançado oficialmente pelo prefeito Ricardo Coutinho nesta terça-feira (23) às 10h, no auditório do Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria.

Os educadores cubanos Maria del Carmen Torres e José Antonio Amengual, que atuarão na capacitação dos profissionais que acompanharão o projeto, já estão em João Pessoa. As aulas começam no dia 1ª de março inicialmente nas escolas Tharcilla Barbosa da Franca, no bairro do Grotão, e a Jornalista Raimundo Nonato, no Colinas do Sul. As matrículas nessas escolas já estão abertas. Serão três turmas em cada instituição, sempre no turno da noite, com cerca de 15 alunos por sala.

O "Sim, Eu Posso", ou no original "Yo, Si Puedo", foi elaborado pelo Instituto Pedagógico Latino-americano y Caribeño (Iplac), de Cuba, com a finalidade de erradicar o analfabetismo da América Latina. O programa ganhou em 2002, 2003 e 2006, o prêmio Rey Sejong, instituído pela UNESCO em 1989 em prol da erradicação do analfabetismo no mundo.

Segundo a educadora Maria del Carmen Torres, o método é direcionado a pessoas que não escrevem e não lêem e é adaptado às características sociais, culturais e linguísticas de cada país, com base num estudo local da realidade social, econômica e cultural. As expectativas da pedagoga cubana com relação a João Pessoa são as melhores. "Já atuamos durante 10 meses nas regiões do extremo sul, e baixo sul da Bahia, e o método foi abraçado pelo povo. Tivemos ótima receptividade, conseguindo, ao final, contabilizar 700 pessoas que não sabiam ler ou escrever e findaram o projeto com grande êxito", disse Torres.

Novas tecnologias – A proposta metodológica é constituída de encontros presenciais, em que o processo de ensino-aprendizagem é mediado pela utilização de tecnologias, como aparelhos de TV e vídeo. Em média são necessários três meses para o processo de alfabetização. No caso do Brasil, as vídeo-aulas (disponíveis em VHS e DVD) foram gravadas em português com atores brasileiros, entre eles Chico Diaz.

A aprendizagem ocorre pela correspondência entre números e letras, e acontece em três fases: exercícios de coordenação motora, ensino de leitura-escrita e consolidação. Também são utilizados vídeos metodológicos que orientam os monitores a conduzir o encontro para que os alfabetizandos aprendam com mais facilidade. O método é baseado no amplo conhecimento prévio que as pessoas têm dos números, apesar de não saberem ler. A ligação entre número e letra constitui-se em elemento motivador e facilitador da aprendizagem em um curto espaço de tempo.

Outro facilitador do aprendizado é a utilização da multimídia, um eficaz recurso para garantir a percepção e o acúmulo de conhecimento. Isso porque os recursos multimídia estimulam mais sentidos que as simples mídias. A partir do momento em que a pessoa é estimulada em mais de um sentido, a capacidade de processamento e armazenamento das informações aumentam consideravelmente.

Analfabetismo no Brasil - O Brasil aparece como o país com o maior número de analfabetos na América Latina, segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2009.

No total, 14,1 milhões de brasileiros, o que equivale a 10,5% da população maior de 15 anos, não sabem ler nem escrever. No mundo, são 776 milhões de adultos nesta situação. Na última década, o Brasil reduziu essa taxa em cinco pontos percentuais. Porém, em números absolutos, essa diminuição significa a alfabetização de apenas dois milhões de pessoas.

Em 2003, o governo federal lançou um programa para promover a alfabetização da população adulta centrado em municípios com taxas de analfabetismo superiores a 25%. A maioria deles fica na região Nordeste. De acordo com os dados cedidos pelos governos latino-americanos e reunidos pela Unesco, a América Latina tem 25 milhões de analfabetos, principalmente no Brasil e México, os países mais populosos. Por outro lado, há nações que avançaram bastante no tema. O Equador foi o sexto país latino-americano a anunciar que está livre do analfabetismo. Os outros são Argentina, Cuba, Venezuela, Nicarágua e Bolívia.

Com a exceção da Argentina, todos esses países conseguiram tal feito por meio da aplicação do reconhecido método cubano "Sim, eu posso" com a ajuda financeira de Caracas. O programa teve sua efetividade reconhecida pela Unesco e já alfabetizou, de acordo com números oficiais cubanos, 3,1 milhões de pessoas em 28 países.

Além disso, nações como Paraguai, Costa Rica e Chile têm feito constantes progressos em termos de alfabetização e estão próximos de serem considerados como livres do analfabetismo. Os países que apresentam taxas de analfabetismo abaixo de 4% da população adulta são considerados como livres do problema.

O mundo tem 776 milhões de analfabeto, nenhum nas ruas de Cuba

Abaixo, uma singela homenagem aos dois que implantaram o Sim, Eu Posso.

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